Comportamento
Como sobreviver no inverno sem cobertor de orelha
Vida de solteiro no inverno sem um par não é mole. Mas tem muita mulher por aí que sabe curtir sozinha, mesmo sem um par para aquecer a alma e o coração
Separada há cerca de um ano, a cuidadora de idosos Mariana Fernandes Leite, 35 anos, do Bairro Camaquã, redescobriu-se na solidão. Após um casamento de dez anos e sem filhos, entrou em depressão.
- Fiquei muito mal, porque eu vivia mais a vida dele do que a minha.
Com o apoio da família, foi retomando a vida:
- Meu pai me ajudou muito! Tive que fazer terapia, entrei na academia, emagreci 9kg e fiz novas amizade - conta ela, que aproveita a solteirice sem pressa de encontrar um amor:
- Se é para ter uma mala do lado, é melhor ficar sozinha!
Programação é o que não falta
Com as amigas, criou um grupo chamado As Solteiras que sempre inventa uma programação, mesmo em pleno inverno. Quando chove, faz muito frio ou naquelas noites em que não dá vontade de sair, Mari interage via internet ou celular para espantar a solidão.
- Quando não saio, leio, faço janta com as minhas amigas, vejo filmes ou vou ao cinema - revela.
Para a psicóloga clínica Daisy Ramos, esse é um caso típico que mostra que a vida de solteira pode ser tão ou mais prazerosa do que a de quem está acompanhada.
- Quando a pessoa se valoriza e gosta da própria companhia, qualquer condição é boa, porque não precisa do outro para estar bem - explica a especialista.
Para quem está sem aquele cobertor de orelha para se esquentar esse inverno, ela sugere:
- Tenha uma vida social e esteja com pessoas que a faça bem.
É exatamente o que Mariana tem feito:
- Saio bastante, conheço um monte de gente e curto a vida. Hoje, vivo bem melhor - comemora.
Sozinha e feliz
Mostre-se aberta a novas programações, atividades e amizades.
Momentos de solidão servem para refletir sobre a vida e sobre o que realmente se quer.
Aprenda a amar-se antes de amar alguém. Isso é fundamental para atrair um relacionamento saudável.
Quem não consegue ficar sozinha deve recorrer a uma terapia, pois algo não vai bem.