Estrelas da Periferia
MC Jhou Will ataca em todas as frentes pra estourar


Lucas Rosa Jesus, 18 anos, trabalha como office-boy em uma empresa terceirizada no Tribunal de Contas do Estado. Quando chega em casa, no Morro da Conceição, no Bairro Partenon, ele vira o MC Jhou Will e só quer saber de funk, seja qual for o estilo.
- Se tu está no funk, tem que agradar a todos que gostam do gênero. Por isso, eu passo por todos os estilos - explica.
Jhou começou como DJ nos bailes. Quando encontrava os amigos, cantava todas as músicas que tocavam nas festas. Daí, veio o incentivo: por que não começar a cantar as suas próprias músicas?
- Eu já estava perdendo o interesse em ser DJ. Então, foi uma nova oportunidade, e eu estou me empenhando mais e conhecendo novas pessoas.
A agenda ainda é pequena, mas Jhou não dispensa nenhuma oportunidade. Neste ano, já fez duas apresentações: em uma boate e em uma festa particular, ambas em Viamão.
Música em casa, desde sempre
Quando criança, o sonho do MC era bem diferente: ser jogador de futebol.
- Me dediquei muito quando treinava em escolinhas de futebol, mas não teve jeito: eu era perna de pau! - diverte-se.
Mas o interesse pela música é antigo. Os brinquedos preferidos de Jhou eram sempre os instrumentos.
Em casa, a tia Loreci, mais conhecida como tia Lola, era considerada "a rainha do karaoke da família.
- Ela cantava de tudo, e foi um exemplo para mim - conta.
A influência da tia Lola funcionou, e Jhou é adepto de todos os gêneros musicais:
- Tenho referências no funk, é claro, como Da VR, Felipinho e até MC Guimê, que é um exemplo pra quem está na correria do funk. Mas escuto de tudo um pouco, não importa o estilo.
MC quer falar de amor na próxima canção
Para 2015, Jhou Will prepara uma nova música, ainda sem previsão de lançamento. O assunto da vez não é ostentação nem mulheres, mas, sim, amor.
- O nome é Máquina do Tempo, e eu escrevi pra um casal apaixonado. Todos os meus amigos vão ajudar, e queremos fazer a música tocar nas rádios - adianta.
Apesar das dificuldades - Jhou não tem o apoio de produtoras -, ele não se aperta. Trabalha na divulgação pelas redes sociais, vende seus shows e ainda escreve as músicas.
Na hora de ir para o estúdio, junta uma grana daqui, outra dali, e até os amigos ajudam, se precisar.
- Não estou sozinho e não dá pra ficar parado - finaliza.
Pitaco de quem entende
Mauri Grando, da Rádio Cidade (92.1 FM), dá a dica para MC Jhou Will:
- Gostei da mistura inglês e português. Tem bom ritmo e está bem produzida. Sugiro fazer o maior número de shows possível para buscar uma identidade, pois, hoje em dia, tem muito funkeiro bom na área. E, para aparecer na mídia, conquistar público e se sustentar neste tipo de música, tem que ter um diferencial.
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- Ouça Pode Se Joga: