Roberto Carlos não dá entrevista para ninguém, a não ser para a TV Globo e em momentos muito especiais. Pois o Diário Gaúcho não só colocou dez leitores no camarim com o Rei, neste sábado, 11, de emoções, no Beira-Rio, como conversou, olho no olho, com o romântico à moda antiga.

Mas, antes das duas perguntas rápidas durante o flash estelar ao seu lado, a constatação: Roberto nunca perderá a majestade, porque dispensa o mesmo carinho e atenção a todos os fãs que têm a honra de chegar perto de sua majestade.

A cada um que entrava no camarim, ele perguntava o nome antes de tirar a foto com o fã de uma forma muito fraterna e próxima.

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E a noite era única, de novas emoções para Roberto. Desde a perda do seu grande amor, Maria Rita, que morreu de câncer em 1999, ele nunca mais havia feito show em um 11 de abril, data que seria o aniversário dela.

Desde então, nunca tinha trabalhado nesse dia, pois reservava o momento para rezar uma missa na capela, no estúdio dele, na Urca, no Rio de Janeiro.  Ao que entrei no camarim, a minha pergunta não poderia ser outra:

- Roberto, como está o coração nesse 11 de abril?

E o Rei, com um largo sorriso de quem está celebrando a vida e o carinho do seu público, colocou a mão no peito, dizendo:

- Bem! Muito bem, graças a Deus!

Enquanto o fotógrafo Mateus Bruxel ia se posicionando para fotografar esse momento único, aproveitei o rápido instante para fazer mais uma perguntinha, que, para a minha alegria, arrancou risadas do Rei.

- E o "aeroporto alegre" (como o Rei chama Porto Alegre, que ele diz ser uma terra cheia de aviões, de mulheres bonitas), te tratou bem nessa noite?

- Ah, muito. Sempre! - respondeu Roberto, aos risos, cheio de gratidão, se despedindo de mim e agradecendo a presença.

Imagina! A gente é quem agradece, Rei eterno!