Coluna da Maga
Magali Moraes: a saga do jejum para exames
12 horas de jejum
Será que só eu me enrolo pra fazer exames que precisam de jejum? Doze horas é uma eternidade, gente! O pior é sair de casa sem tomar meu café da manhã, que é sagrado. Então tudo vira desculpa para pedalar o dia do exame. As semanas passam e a requisição vai amassando dentro da bolsa.
Regra básica pra um jejum de sucesso: jantar cedo. Depois é correr pra cama e fugir da cozinha. Mas justo nessa noite você vai chegar mais tarde em casa, atrasando a última refeição e bagunçando o jejum. E ainda nem falei do pote do xixi. Não precisa entender letra de médico, eles sempre pedem exame de urina. Seeeeegura, peão! Mais uma privação matinal. Ou faça como eu e pegue antes o potinho pra resolver o assunto na paz do seu banheiro (e lá se vão dias até buscar o maldito pote).
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Tudo cronometrado
O jejum não pode ser menos de 12 e mais de 14 horas. O xixi colhido em casa aguenta 120 minutos na geladeira. O estômago não aguenta mais um segundo sem café. O trânsito e o tempo pra chamarem sua ficha são uma incógnita. E se o técnico demorar pra achar a veia? Mesmo que você madrugue, já vai ter fila. E quanto mais pressa você tiver, mais vovôs, grávidas e prioridades vão passar na sua frente (respeite e tenha paciência).
A outra opção é ir sábado, dia em que os laboratórios parecem shopping em véspera de Natal. Na hora H, não conte quantos tubinhos trouxeram pra encher com o seu sangue. Vai revirar os olhos e passar mal? Vai demorar mais. Vire o rosto, preste atenção na decoração, na cor da parede. Quando finalmente você sair de lá, tomara que pertinho tenha uma padaria. Se dê ao luxo de um pingado e um Farroupilha. Quer saber? Peça também qualquer coisa que tenha chocolate. Se a sua glicose permitir, é claro.
* Diário Gaúcho