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Beth Carvalho: "Indústria rotulou que MPB é chique e samba é brega"

Madrinha do Samba, que completa 50 anos de carreira, critica a indústria e defende as mulheres no samba

30/09/2015 - 12h03min

Atualizada em: 30/09/2015 - 12h03min


Washington Possato / Divulgação

Uma das grandes damas do samba, Beth Carvalho completa 50 anos de carreira cercada de respeito e admiração de fãs. A Madrinha do Samba, como é conhecida, acumula sucessos, lançou nomes como Zeca Pagodinho e Jorge Aragão, para citar apenas alguns dos mais conhecidos, e não abre mão de suas posições - recentemente, reclamou do uso de Vou Festejar, um de seus maiores sucessos, em uma manifestação contra o governo.

Depois de ter ficado mais de um ano internada por conta de problemas na coluna, ela está sendo homenageada com o espetáculo Andança - Beth Carvalho, o Musical. Mesmo com tantas homenagens, em entrevista ao Uol, ela não poupou críticas às gravadoras e ao mercado.

- E eu não aceito essa separação entre MPB e samba. Não há nada mais popular e brasileiro do que o samba. Mas a indústria criou esse rótulo: MPB é chique e samba é brega. Hoje melhorou um pouco, mas ainda vivemos em um país com muito preconceito social - afirmou.

Lançamentos da semana- Beth Carvalho, Pink Floyd e Malhação

Samba sempre foi machista

A cantora ainda ressaltou a importância da mulher no mundo do samba.

- O samba é, ao mesmo tempo, machista e matriarcal. A mulher tem um papel muito forte e não só na cozinha. Desde sempre, as pastoras tinham o papel de definir os sambas das escolas. A mulher é fundamental como ponto de equilíbrio e o melhor exemplo é o respeito que os homens têm pelas mães e avós - afirmou. 

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