Coluna da Maga
Magali Moraes: "A força do rosa"
Poderiam ter escolhido o verde esperança, mas não. A cor que representa a luta contra o câncer de mama é o rosa. Essa cor feminina, suave e delicada. A cada ano, o Outubro Rosa ganha mais força e nos sensibiliza sobre a importância de descobrir o quanto antes essa doença pra poder comemorar depois. Rosa é a cor das vitoriosas.
Sempre que eu vejo uma mulher seguindo sua vida normalmente, o cabelo ralinho crescendo, tenho vontade de pedir licença e dar um baita abraço nela. É um sentimento de orgulho por quem eu não conheço, mas sei parte da história. Com ou sem lenço, com ou sem peruca, essas guerreiras são um grande exemplo. Aliás, qualquer pessoa que venceu algum tipo de câncer ou está em tratamento merece uma salva de palmas.
Branco da paz
O interessante é que esse mesmo rosa, que transmite força associado ao câncer de mama, toma pedradas quando o assunto é a infância. Por causa da distinção de gêneros, sabe? Aquela coisa de achar que rosa é pra meninas e azul pra meninos. Taí um assunto polêmico onde as cores pesam e separam os mundos. Nesse caso, o rosa fragiliza, enfraquece, limita. Na minha humilde opinião, depende muito mais de como os pais educam as crianças, não importa se elas estiverem vestidas de rosa ou azul da cabeça aos pés (aliás, acho lindo homem de terno e camisa rosa). Cores existem pra serem misturadas e conviverem pacificamente. Pra que complicar?
Azul e rosa
O Outubro Rosa é tão vitorioso que inspirou o Novembro Azul, uma data criada pra conscientizar os homens sobre a prevenção do câncer de próstata e outras doenças masculinas. Olha aí o rosa e o azul usando pro bem o seu poder de identificação. Rosa pra lembrar toda mulher (homens, ajudem!) de fazer autoexame e mamografia. Azul pra lembrar todo homem (mulheres, ajudem!) de marcar hora no urologista. Ao contrário das cores, a saúde é uma só.