Coluna da Maga
Magali Moraes: anti novela

Eu não vejo novela. Melhor você saber isso por mim do que por outra pessoa. Nem Verdades Secretas, que abalou geral, eu assisti. Por motivo de impaciência generalizada, larguei esse vício. As noites já são tão curtas, não vou gastar minhas preciosas horas livres grudada na TV.
Quando comentam demais sobre uma cena, eu dou uma bisbilhotada. O que não significa necessariamente assistir a Grazi Cracolândia Massafera. Se até o Cauã Reymond viu e elogiou, quem sou eu pra duvidar?
Nessa grande roda de conversa que são as redes sociais, alguém sempre faz o favor de nos manter informados sobre os próximos capítulos. Às vezes, não dá certo. Eu já ouvi muita música na rádio sem ter a menor ideia que era trilha da novela. Seis, sete, nove, onze. Nada contra os noveleiros de plantão, mas tem horário demais pra galã de menos. Alexandre Nero é o novo Tony Ramos, só falta pegar o papel de Friboi.
Carminha
Tá bom, eu confesso. Tive uma recaída em Avenida Brasil e assisti da metade pro fim. O que aconteceu? Até hoje tenho saudade da Carminha diaba. Angel não chega aos seus pés. Sou dessas que se apegam ao personagem e nunca mais chamam os atores pelo nome. Odete Roitman, Tieta, Viúva Porcina, Sinhozinho Malta e Jorge Tadeu que o digam. Esses dias, vi a Juma na capa da Caras e me senti no Pantanal.
O que mais cansa nas novelas atuais: o elenco é uma eterna reprise. Casal que emplaca está condenado a fazer par dez vezes. E os autores, que até mudam, acabam escrevendo a história de sempre. Se inventam algo mais polêmico, a audiência reclama e volta a mesmice. Bem que eles podiam ver uns seriados americanos pra ter ideias novas - é onde está a criatividade na TV. Mas ultimamente eu também não vejo seriados. Melhor você saber isso por mim do que por outra pessoa.