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Coluna da Maga

Magali Moraes: de restinho em restinho

09/10/2015 - 08h01min

Atualizada em: 09/10/2015 - 08h01min


Miguel Neves / Divulgação

Quem lambe a tampa do iogurte vai me entender. Não dá pra deixar restinho dando sopa na embalagem. Se o iogurte for grego, nem se fala. Melhor lamber até fora do pote e aproveitar a última gota. Me chame de pão dura ou gulosa, mas eu faço isso. É o mesmo princípio de lamber as pás sujas de bolo da batedeira e raspar o brigadeiro que ficou grudado na panela.
Tem toda uma técnica pra chegar ao fundo do poço das embalagens. Geralmente uma colher já resolve, desde que se tenha dedicação e paciência. Dependendo do restinho, aconselho a usar o dedo mesmo. A regra é válida para farelos de chocolate e também para grãos que ficam soltos no saco do pão de sanduíche. Me sinto uma passarinha catando alpiste. Ás vezes, tiro todas as fatias só pra resgatar essas preciosidades. Semente de girassol é o luxo dos restinhos.

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Bola de sabonetes

Minha mãe moldava uma bola de sabonetes grudando vários restinhos que sobravam. Era horrível de usar, quase não fazia espuma, pelo menos deixava a pia do banheiro colorida. Xampu no finalzinho, pra que desperdiçar? Virando a embalagem de cabeça pra baixo, dá pra lavar mais três vezes o cabelo. E se você botar um pouco de água lá dentro, rende outra lavagem. Para ir atrás do restinho da pasta de dentes, eu vou até onde a escova e o fio dental não alcançam. Pego uma faca e empurro do Sul pro Norte, levando tudo pra fora.
Essa mesma faca se transforma em bisturi: eu abro a barriga do protetor solar e é inacreditável o que ainda tem lá dentro. Pra quem usa protetor faça sol ou faça chuva, esse restinho vale ouro. Podiam inventar embalagens com o interior revestido de T-Fal, tipo frigideira, pra nada grudar no fundo. Mesmo assim, pra uma caçadora de restinhos como eu, a busca continuaria.

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