Coluna da Maga
Magali Moraes: oficialmente 48

Ontem foi meu aniversário. Quarenta e oito aninhos! Bem antes do 13 de outubro eu já vou dizendo que tenho a idade nova pra me acostumar. Agora é oficial. Se esticar o braço, consigo encostar nos cinquenta com a ponta dos dedos. Sabe que não é apavorante? A ala feminina leva a sério demais essa questão da idade, e não precisa. Quanto mais o tempo passa, mas eu fico feliz de ver a mulher que me tornei. Longe de ser perfeita, convivendo em paz com os meus defeitos e as escolhas que fiz. Já arranquei com pinça muito fio de cabelo branco. Mas eles crescem, e a gente também.
Idade é tão relativo. Tem idoso aos 20 anos (eu mesma já fui bem mais velha). Tem vovozinho que esbanja vitalidade. E tem a turma que não se conforma com sua imagem no espelho. Adianta ir contra o relógio? Eu acho mais chique aceitar a data da certidão de nascimento e saber usar essa experiência a seu favor.
Conselhos
Recentemente, li sobre uma pesquisa feita em 8 países (inclusive no Brasil) onde perguntaram que conselhos as mulheres dariam a si próprias quando jovens. "Seja o que você quer ser; escolha amigos que te apoiem; assuma riscos e experimente coisas novas, mesmo que sejam fora do comum".
Do alto dos meus 48 anos, eu daria conselhos mais práticos para a jovem Magali. "Coma menos bolacha recheada na volta do colégio; gaste mais dinheiro com livros do que com roupas; se jogue num intercâmbio aos 15; perca logo esse medo ridículo de cachorro; não grite pra nunca ter calo nas cordas vocais; ignore os exercícios pra pé chato porque não adianta nada; acredite cegamente nessa coisa chamada intuição; não sofra tanto por usar óculos. No futuro, a vista cansada chega pra todos".