Coluna da Maga
Magali Moraes: feira do Livro e das amigas
Como boa gaúcha, eu adoro a Feira do Livro. O pavilhão de autógrafos é um lugar mágico pra mim. Já autografei três vezes lá, vi minha tia de 80 anos lançar seu primeiro livro e guardo lembranças maravilhosas de ficar cara a cara com o Verissimo, o Zuenir Ventura e tantos escritores que admiro. Sábado passado, fui prestigiar a Martha Medeiros e ainda roubei um autógrafo da Claudia Tajes.
Pra quem escreve é muita inspiração observar as pessoas na fila, livro a postos, na expectativa de ter alguns minutinhos com seu autor preferido. Quando as palavras saem do texto e entram no coração de quem lê, está criada uma intimidade difícil de explicar. É por isso que esse encontro ao vivo e a cores é emocionante. Nos sentimos tão próximos, o mínimo que esperamos é um sorriso e uma dedicatória pra erguer como troféu. Pode apostar que o autor também fica encantado.
Conexão
Durante o tempão que fiquei na fila da Martha, deixei o celular guardado pra não perder o foco. Eu queria dedicar 100% da minha atenção ao momento (o que é raro hoje em dia, a gente está sempre com a cabeça em outro lugar). Se eu pudesse, me transformava numa esponja pra absorver toda aquela energia. Tanta gente, com histórias de vida tão diferentes, reunidas ao redor de livros. Bonito demais!
Ao ver que faltavam poucos passos pra finalmente falar com a Martha, a moça da frente me olhou e disse: "Ai, que nervos!!". A essa altura, eu já estava encarregada de fotografar as duas, e fiz com prazer. Atrás de mim, três amigas também se preparavam ansiosas, uma até retocou o batom. Claro que garanti a minha foto com a Martha. E saí querendo emoldurar o autógrafo que recebi. Me senti oxigenada, levinha e apaixonada por essa cachaça que é escrever. Corre lá que a feira termina domingo.