Coluna da Maga
Magali Moraes: presentes certos e errados
Junte amigos numa mesa de bar que logo surge um assunto suculento pra discutir: o triângulo amoroso entre homens, mulheres e presentes. Cada casal tem suas histórias, algumas trágicas. É uma coleção de erros e acertos. Acontece com quem se conhece faz pouco e casais que teoricamente já deveriam saber tudo um do outro. Polêmico!
O problema não é o presente, mas sim a expectativa que se cria em torno dele. Ela espera um presentão? Ele só espera sair vivo dessa. Quem cresceu numa família que não liga pra datas vai repetir o modelo. Mas e se essa pessoa cair de amores justamente por alguém que se criou numa casa onde o presente faz parte da festa? Uma menina que sempre viu o pai trazer mimos pra surpreender a mãe carimbou o exemplo no cérebro. Pobre namorado no futuro.
Flores
Pra maioria dos homens, comprar presente é complicado. Eles não prestam atenção em detalhes que, para as mulheres, são decisivos. E não é por mal, viu. Cor, numeração, loja preferida, clássico ou moda, aiaiai. Muitos já compram sabendo que o presente vai ser trocado depois. Ou quando acertam uma vez, repetem até cansar a fórmula. Ligar pra sogra e pedir socorro tira o mérito do presente? E quem manda fotos direto da loja, pedindo opinião e estragando a surpresa, mas salvando o pescoço? E quem perde o presente e não sabe como contar?
Valem lembrancinhas inesperadas ou o valor do presente deve ser proporcional ao tamanho do amor? Conheço quem não perdoou porque ganhou orquídea e esperava o romantismo das rosas vermelhas. O contrário também acontece. Odiar rosas, especialmente as vermelhas, e ele esquecer isso. Acertar no presente, seja qual for, significa que alguém te conhece muito bem. Só vejo uma saída: um olhar atento de quem dá e um pouquinho de tolerância de quem recebe. Dedos cruzados!