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Por que eles tentam seduzir a mulher que é homossexual

O preconceito existe, primeiramente, dentro da nossa cabeça. Se entendemos o porquê dele e tentamos eliminá-lo, passamos a ver os outros como realmente são.

05/11/2015 - 20h01min

Atualizada em: 05/11/2015 - 20h01min


Lúcia Pesca
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Mateus Bruxel / Agencia RBS

Sou uma mulher homossexual de 32 anos e casada há quatro com a minha companheira de 36. Namoramos durante dois anos até que resolvemos casar legalmente e morar juntas.

Famílias e amigos acompanharam todo o nosso caminho para chegar onde estamos hoje, felizes. Acontece que, muitas vezes, no nosso meio profissional, alguns homens se aproximam com propostas ridículas na intenção de querer provar para nós que, só porque não tivemos homens como eles nas nossas vidas, acabamos optando por viver com outra mulher.

Como é difícil as pessoas assumirem que a gente não faz opção por ser homossexual. Gostaríamos de deixar registrado esse nosso depoimento na coluna, que todo mundo lê e gosta.

Muito bom o depoimento e parabéns pela lucidez de como colocam o que vocês vivem. Compreendemos o quanto é difícil para algumas pessoas entenderem a  questão da homossexualidade.

É interessante como, na visão dos homens, o homossexualismo feminino é considerado nojento, mas a grande maioria sonha em transar com duas mulheres ao mesmo tempo e que estas  troquem carícias entre si, o que poderia ser considerado um tipo de homossexualismo.

Em compensação, muitas mulheres acham nojento ver duas representantes do sexo feminino juntas. Mas fazem uma "festinha destas" eventualmente e aceitam o homossexualismo masculino.

Fora preconceito!

Homofóbicos, geralmente, fantasiam relacionar-se com um parceiro do mesmo sexo, mas não revelam isso pelo medo do questionamento da própria sexualidade e do seu sistema de valores. A fantasia, porém, não sai facilmente da cabeça e, para isto não gerar culpa ou vergonha com aquilo que pensam, dois caminhos são mais comuns: imaginar a transa com duas mulheres ou agredir quem estimula esse seu desejo.

O preconceito existe, primeiramente, dentro da nossa cabeça. Se entendemos o porquê dele e tentamos eliminá-lo, passamos a ver os outros como realmente são.

Por isso, meninas, continuem esclarecendo as pessoas de uma forma geral sobre o sentimento que vocês construíram a partir da orientação sexual definida
ao nascerem. Sejam felizes!
 
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Se você tiver dúvidas ou sugestões de assunto, escreva para falandodesexo@diariogaucho.com.br

 


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