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Festas de fim de ano

Vai passar longe do filho? Use o bom senso na hora dividir os pequenos com o ex nestas datas

Faça como a esteticista Monique, do Morro Santa Tereza , na Capital, e pense no bem-estar da criança antes de entrar em conflito com o pai

25/12/2015 - 08h01min

Atualizada em: 25/12/2015 - 08h01min


Karina Chaves
Karina Chaves
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Tadeu Vilani / Agencia RBS

Se, para muita gente, as festas de final de ano são oportunidades especiais para reunir a família, em alguns casos, as celebrações são, inevitavelmente, incompletas. Como o de mães separadas que precisam escolher uma das datas mais emblemáticas do ano para dividir os filhos com os ex-companheiros. 

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A esteticista Monique Rivoire,29 anos, sabe bem como isso funciona. Há cinco, organiza o calendário de Natal e Ano-Novo da pequena Sophia, oito anos, para que a menina passe uma das festas com ela, outra, com o pai, o advogado César Vargas, 34 anos.

Na chegada do Bom Velhinho, Sophia, que mora com a mãe, a avó e a bisavó maternas, no Morro Santa Tereza, em Porto Alegre, fica com Monique. Na virada do ano, com o pai, morador do Centro da Capital. Mas a organização nem sempre
foi assim.

-Nos primeiros anos, ela passava as duas datas comigo. Não foi nada fácil. Eram imensamente tristes estas festas - conta Monique.

Passados os traumas e cicatrizadas as feridas da separação, a esteticista garante que, hoje, essa relação de divisão é bem mais tranquila:

- Tudo é muito calmo. A Sophia já está maiorzinha e sabe que, nas festas de final de ano, é um pouco para mim e um pouco para o pai dela.

Saudade aperta
A decisão foi tomada em conjunto pelos pais, baseada no bom senso e pensando em preservar a filha.

- Apesar de eu ficar triste, entendo que, no Natal, ela precisa ficar com as pessoas com quem convive todos os dias. Daí, no Ano-Novo, a gente faz a festa - explica César.

Apesar do amadurecimento, as três gerações maternas de Sophia sentem juntas este aperto no peito com a chegada do final de ano. Afinal, é difícil ficar longe da pequena, mesmo que apenas em uma das celebrações.

- A vó e a bisa ficam felizes por saberem que o pai dela é presente, mas, ao mesmo tempo, morrem de tristeza por estarem longe nesses momentos especiais. A Sophia é nossa bonequinha - conta a mãezona.A menina, no entanto, entende bem a situação e já está adaptada:

- Eu gosto de passar o Natal com a mãe e o Ano-Novo com meu pai. É legal assim.

Entendimento é fundamental
A maior preocupação na hora de planejar o final de ano dos filhos depois que o casal se separou deve ser sempre com a criança. É preciso ser hábil para evitar que essa mudança brusca na rotina da família se transforme em trauma.


- É muito importante deixar claro o que está acontecendo e não permitir que a tristeza pela separação contamine os filhos e as decisões que precisam ser tomadas. Os pais devem deixar a criança livre e tranquila para ir e vir - diz Juliana Bredemeier, psicóloga e coordenadora do curso de psicologia da Fadergs.

Cada momento é único
Manter o entendimento e uma postura compartilhada em relação a limites, responsabilidades e diversão é sempre o melhor caminho e o presente mais precioso de todos os Natais.

- Este é um momento de parada, descanso, reflexão e contato com a família. O bom-senso deve prevalecer. Desfrutem o tempo com os filhos, seja em qual das festas for - orienta a psicóloga.


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