Coluna da Maga
Magali Moraes: ajuda, Luciano!

Tô precisando de ideias, e não é pra escrever a coluna. Não sei mais o que fazer de comida. Esgotou a imaginação. Coisa chata pensar em cardápio, comer é bem mais divertido. É por isso que muitos restaurantes servem sempre a mesmíssima comida. Eles pensam uma vez e chega. Dá uma ideia, vai. Mas não pode ser nada complicado. Não quero bancar a MasterChef, apenas resolver o assunto rapidinho com dignidade. Aceito sugestões fáceis e números de telentrega (brincadeira!). Acabaram as sobras de ontem sortidas, que sempre salvam a pátria. O churrasco virou risoto e carreteiro. O franguinho assado renasceu fricassé. O congelado descongelou.
Vou procurar o Luciano Huck e implorar: Ajuda Luciano!! Quem sabe ele me diz onde comprar comida de astronauta. Cápsulas de estrogonofe, pílulas de bife com batata frita, lasanha em pó. Por que essa necessidade de mastigar o tempo todo? Já que virou moda assistir a tantos programas de culinária, a gente podia imaginar que está comendo tudo aquilo e se sentir saciado.
Qualquer coisa
Pois é, deu um branco culinário. Acontece nas melhores famílias. Quando alguém te perguntar "o que eu faço de comida?", seja bonzinho e responda bem mastigadinho, dando o máximo de detalhes. Faz feijoada com pé esquerdo de porco e couve picada na diagonal. Jamais diga "faz qualquer coisa". Se a intenção é facilitar, só piora. Qualquer coisa no forno? Qualquer coisa com queijo? Ajuda, vai.
Colocar qualquer coisa na mesa não é nada apetitoso. Nem louça bonita resolve. Você já viu restaurante com plaquinha na frente dizendo que o prato do dia é qualquer coisa? Quem vai entrar lá pra almoçar? E livro ensinando mil maneiras de preparar qualquer coisa? Lembro de ter respondido muitas vezes isso quando a mãe pedia sugestões de comida. Viu só? Demora mas a gente aprende.