Coluna da Maga
Magali Moraes: o frescobol e as Olimpíadas

Cada um se prepara como pode para as Olimpíadas. Eu tenho me dedicado ao frescobol à beira-mar. Não entendo porque badminton é considerado esporte olímpico, com aquela peteca ridícula, e frescobol não.
Que outras opções eu teria por aqui? Ciclismo de estrada? Pra ser atropelada na freeway? Esquece. Vôlei de praia é legal, se bem que aumentaria ainda mais minhas coxas. Então nem pensar.
Qualquer modalidade que envolva água, como canoagem, polo e natação, estão desclassificadas. Não sou uma pessoa aquática, sabe. No máximo, pego um jacaré (outro esporte solenemente ignorado pelo comitê olímpico). E se fosse nado sincronizado? Acho lindo, tenho um maiô no fundo do armário. Posso colocar um prendedor de roupa no nariz pra trancar a respiração, como elas fazem, e treinar de madrugada na piscina. E como faz pra ter aquela coordenação motora? Onde vou achar uma dupla? Poderia ser luta livre, mas não sei quando é a próxima reunião de condomínio pra treinar. Golfe, só se for o minigolfe de Capão.
Atrás da bola
Vou continuar no frescobol mesmo. Treinos leves, sem lesões, na faixa de areia levemente úmida. De preferência nos dias de sol e sem Nordestão. É importante escolher bem o modelito. A menos que você tenha o corpaço da tenista Serena Williams, melhor evitar biquíni pra não sacudir até a alma. Eu jogo de bermuda e camiseta, vai que encontro um leitor do DG na beira da praia! E treino no finalzinho da tarde, quando até o salva-vidas já foi embora.
Frescobol é bom porque se corre muito. Quer dizer, eu corro. Não é uma corrida bonita de se ver, é um pique desesperado atrás da bola que dispara longe.
Os braços vão pra um lado, as pernas pro outro. Me estico toda, pulo, grito. Meu parceiro? O Ricardo. Azar das Olimpíadas. Casal que joga frescobol e sabe rir junto é meu esporte preferido.