Com integrantes do Bairro Jardim Atlântico, em Canoas, a banda Mondo Calado se propõe a sacudir as estruturas e discutir os problemas do país. Formada em 2012 por quatro amigos com 15 anos de música, cada, a banda traz nas letras das suas canções críticas contundentes.

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- O próprio nome do grupo é uma referência ao povo brasileiro, aquele trabalhador que rala a vida inteira, reclama dos políticos, mas acaba ficando ali, na frente da tevê, sem mudar nada. Fica calado vendo tudo acontecer - explica Jaison Bellissimo, vocalista da Mondo.

A veia de protesto dessa galera fica evidente em composições como a atual faixa de trabalho, Brasil Colônia.

- A gente tenta, por meio da arte, mandar mensagens de mobilização para o povo brasileiro. Brasil Colônia é um exemplo. Abordamos o Descobrimento do Brasil, que não aconteceu como nos foi contado. Foi uma grande roubalheira. Até hoje, somos roubados, como naquela época. Na música, sugerimos que ainda vivemos em uma colônia - argumenta Jeferson Marchetto, baixista do grupo.
 
Show autoral
A politização e a mistura de rock pesado com groove teve inspiração em duas referências: o Planet Hemp e o Rage Against The Machine. Em festivais independentes e casas noturnas da Região Metropolitana, o grupo começa a ganhar destaque com um show basicamente autoral.

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- Tocamos 80% de música nossas, sempre. O processo de composição é detalhista, focado, até lento. Tentamos deixar as músicas bem fechadas. E a galera poderá comprovar isso, pois lançaremos um EP com cinco canções nesta batida, até o meio do ano - anuncia o guitarrista Jonatas Holz.

Ainda integra a banda o baterista Roger Neres.
 
Pitaco de Quem Entende
Claus, da dupla com Vanessa, comenta o som da Mondo Calado:

- Os músicos mandam bem na execução de um rock que já não se ouve mais. A letra de Brasil Colônia diz o que tem que dizer, sem escrúpulos.
 
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Confira Brazil Colônia: