Lembra que eu falei que iria escrever três colunas seguidas sobre o Dia da Mulher? Esse é o segundo episódio da série. Falta de assunto? Que nada, é muita vontade de homenagear essas gurias! Em vez de receber rosas no dia 8, não seria infinitamente melhor a gente ler mais sobre mulheres que se aceitam, toleram seus defeitinhos, se sentem po-de-ro-sas até de cara lavada?
O assunto de hoje ainda tem muitos espinhos pra tirar. Sabe a preocupação exagerada com o corpo e os quilos a mais, a pressão pra se enquadrar no padrão amado, idolatrado, salve salve? O tempo que a gente perde se cobrando por não ter o corpo perfeito da Barbie é um desperdício. Até o fabricante da boneca já entendeu que diversidade é a palavra da hora e começou a fazer modelitos variados de corpos. Pense nas meninas que vão aprender brincando que não existe certo e errado. Definitivamente, nenhuma mulher é forma de bolo pra sair igualzinha uma à outra.

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Corpo possível

Acredita que tem garota que sai pra se divertir na balada e, ao recusar as investidas de um cara sem noção, tem que ouvir "com esse teu corpo, boa sorte pra conseguir alguém." Isso ainda acontece em 2016. Fazer o quê? Ir pra pista dançar, lógico. A noite toda! Cercada das amigas que te botam pra cima, sem dar ouvidos a quem congelou no século retrasado e acha que pode julgar o corpo de uma mulher.
Mas isso tem que começar por nós mesmas, pela nossa aceitação. Quer mudar algo que te incomoda? Tudo bem, segue em frente. Desde que seja uma vontade autêntica, pessoal e intransferível. Se sentir confortável na pele que habita (de um corpo possível) é alinhar as expectativas com o espelho e aprender a se gostar. Ou você acha que alguém vai se importar com alguns quilinhos a mais estando perto dessa mulher iluminada e maravilhosa que é você? Feliz Dia, sua linda!

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