Coluna da Maga
Magali Moraes: sobre ter acima de 50 anos
Terça que vem é Dia da Mulher. Como esse espaço é pequeno pra homenagear essa mulherada incrível em uma só coluna, decidi fazer 3. Até porque é isso que nós, mulheres, estamos fazendo cada vez mais: abrindo espaço. Muitos, aliás.
O primeiro assunto que escolhi é essa coisa antiga de chamar mulher acima de 50 de senhora, senhorinha, idosa, velha, terceira idade, melhor idade (um termo que não era pra ser pejorativo, mas é). Só se for melhor idade pra produzir, estudar, virar empreendedora, correr maratona, comprar carro, botar peito e batom vermelho, se apaixonar de novo, se sentir feliz com suas escolhas, ganhar a mega sena acumulada da autoconfiança.
Sexta passada, o DG fez matéria de capa com mulheres acima de 50 que estão tirando carteira de motorista. Eu não me espanto, a segurança só aumenta com a idade. Não existe mais profissão onde as mulheres não estejam, não tem quem nos segure. Feliz do homem que está ao nosso lado e sabe valorizar o mulherão que tem. Chamar de cinquentona também é antiguinho. Posso dar uma dica? Chame pelo nome. Ou diga QUE MULHER!!
Rugas
A partir de 60 dá pra chamar de senhora, idosa, velhaca, cacareco? Bem capaz! Taí outra idade que não sossega, que faz aula de dança, usa as redes sociais pra se conectar com o mundo, viaja, aprende a usar computador. Já me imagino escrevendo a milhão quando chegar nessa fase. Igual ao que faço agora, com algumas rugas a mais que não vão mudar em nada a minha capacidade e alegria.
Será que dá pra definir quando nos tornamos oficialmente velhas? 70? 80? 99? Duvido. Idade não é número, é estado de espírito. Tem garota de 20 que poderia andar de bengalinha por aí. Pra quem se acha poderosa não importa a idade, fica aqui o meu beijo antecipado pelo Dia da Mulher. Pra quem acha que ter acima de 50 é o fim do mundo, fica aqui o meu recado. Beijinho no ombro.