Coluna da Maga
Magali Moraes: primo é o irmão que a gente vê menos
Os motivos são muitos, ninguém sabe explicar por que crescemos e perdemos contato com primos que eram tão próximos. A gente tem notícias, mas não é a mesma coisa. O bom é que dá pra culpar a vida, sempre dá. Essa bandida insensível que faz a gente se afastar também provoca reencontros especiais. É como se ela abrisse algumas janelas de reaproximação só pra nos testar. Cabe a você aproveitar ou não. Finalmente, posso dizer que estou aproveitando. Depois de um tempão, resgatei um elo importante da família: meus primos que mudaram de estado quando a gente era pequeno. O mesmo estado pra onde viajo seguido a trabalho. Essa semana, aconteceu. Conheci os priminhos que eu só via nas fotos e transbordei de amor. Ganhar beijo de verdade é um luxo. Conheci minha prima emprestada e poderíamos ficar horas de papo. Enxerguei meu tio no meu primo e voltaram lembranças maravilhosas. Foi tanto assunto pra atualizar que ninguém lembrou de tirar foto. Então que essa coluna seja o registro da noite. E o compromisso de marcar o próximo jantar (com muito queijo ralado, como o Bruno e o Victor gostam). Até porque esse reencontro não foi completo, faltaram abraços e rostinhos novos. Acredita que depois eu recebi vídeo de boa noite pelo WhatsApp? Alerta máximo de fofura. E a prima aqui é chorona.
Esses afastamentos acontecem em toda família, garanto que na sua tem uma história assim. O Facebook ajuda a quebrar o gelo e mostra álbuns inteiros daquilo que perdemos. É o mesmo sangue, os mesmos rolos, no mínimo vamos rir juntos. Tudo menos só se ver em velório.Aos primos que moram perto, o recado é igual. Em vez desse esconde-esconde onde ninguém aparece na frente do outro, bem que o jogo podia virar e todo mundo se visitar mais. Primo não precisa ser o irmão ou irmã que a gente vê menos. Pode ser quem a gente vê mais. Sabe pedra, papel ou tesoura? Eu troco por pizzaria, boteco ou barzinho. Quem quer brincar?