Esses dias guardei um remédio dentro da geladeira. Fim. Alguém me interna? Antes que perguntem, não era remédio pra memória. E nem do tipo que precisa ser conservado no frio. Descobri minha façanha pela risadinha (meio preocupada) do Ricardo. Ele abriu a geladeira e deu de cara com o remédio. Gente, eram 6 e meia da manhã! O café não foi suficiente pra me acordar. Devo ter cochilado em pé, acontece. Em minha defesa, explico que o tal remédio é um pote branco que poderia ser facilmente confundido com iogurte. E iogurtes são guardados onde? Na hora até achei graça, depois pensei em procurar um geriatra. Ou voltar a dormir.
Quem nunca esqueceu a chaleira no fogo? Eu já. Queria fazer um chá, estava escrevendo a coluna, botei água pra esquentar e voltei pro computador. Me distraí pra agradar vocês, leitores!! De repente, um cheiro de queimado na cozinha. Ter rinite é perigoso, nem senti. Como o ouvido ainda funciona, ouvi meu filho gritar "Ô mãe, tá queimando!!" Não era caso de incendiar a casa, se bem que a tampa da chaleira nunca mais será a mesma.
Lady Murphy
Nem sempre a falha técnica é da cabeça. Tenho uma certa habilidade em quebrar caixas inteiras de ovos (mão furada). De 77 sacolas com as compras do supermercado, adivinha a única que eu deixo cair no chão? Às vezes os ovos são suicidas. O porta-malas do carro abre e qual sacola (com 2 caixas!!) se joga? Não dá tempo de impedir. Melhor fazer uma omelete com os sobreviventes.
E tem momentos onde a única explicação é a Lei de Murphy. Ou Lady Murphy, como a minha amiga Cris entendia quando era pequeninha (amei essa história!). O que diz a lei? Se algo pode dar errado, vai dar. É o que explica a sacola dos ovos espatifar, a chaleira queimar, a fila do lado andar mais rápido, o pão cair com a manteiga virada pra baixo. A Lei de Murphy só não pode ser culpada pelo remédio ir parar na geladeira. Essa lady sou eu.