Só se fala noutra coisa...
Guri de Uruguaiana fala sobre a crise: "Eu estou podendo comprar, só não estou podendo pagar"
Além disso, ele resolveu inscrever o Licurgo no Enem. No que será que isso vai dar?
Pitaco
Buenas! Chê, eu resolvi inscrever o Licurgo no Enem. Bah, a inscrição saiu R$ 68! Com esse dinheiro, dava pra comprar tijolos, cimento e construir a minha própria universidade.
A minha patroa, Sílvia Helena, me diz que eu ando reclamando assim, porque não estou podendo comprar. Nada disso! Eu estou, sim, podendo comprar, só não estou podendo pagar.
Mesmo assim, paguei a inscrição. Quero deixar a família do Licurgo orgulhosa. Tem gente que nasce para ser o orgulho ou o talento da família.
Infelizmente, o Licurgo nasceu pra ser só da família mesmo. Mas ver um filho passar no Enem é muita felicidade – maior do que essa, só mesmo ver o ex engordando.
Falando nisso, um compadre me comentou que estava pensando em voltar com a ex. Eu disse que achava furada: voltar com ex é que nem tomar banho e colocar a mesma roupa.
Correio Amoroso
Guri, tive dificuldades financeiras, e a minha mulher foi embora. Se eu ganhar muito dinheiro, será que ela volta? Sandro Duarte, Canoas.
Bah, Sandro, não sei se ela volta, até porque a única coisa na vida que vai embora, mas sempre acaba voltando, é a fome. Eu não sei se a tua patroa foi embora por causa da falta de dinheiro, porque mulher não se interessa por grana nem por carros, só por uma coisa: doce. Se tiver chocolate, então, melhor ainda!
Então, aprende a preparar uma guloseima dessas que tu nunca mais vai ficar sozinho, chê! E só não faz como o Licurgo, cuja única especialidade na cozinha é abrir a geladeira.
Bombou na rede
Nessa semana, bombou muito na rede um vídeo que lancei falando sobre dez traumas da escola. A verdade é que, quando a gente está nessa fase, vê um lado bom e outro ruim do colégio.
O bom é o lado de fora, e o ruim, o de dentro. Mas tinha uma coisa que eu gostava muito na escola: a hora do recreio.
Digo isso porque a minha passagem pelos tempos escolares foi muito traumatizante. Enquanto os meus colegas levavam aqueles fichários chiques de super-heróis, eu carregava caderno de capa mole, que a minha mãe encapava com sacolinha de mercado – bah, que tristeza!
Mas o pior de tudo era o uniforme. A mãe comprava um a cada três anos. E eu ainda herdava aqueles modelitos surrados do meu irmão mais velho.
Resultado: ia crescendo, e chegava uma hora em que as calças estavam pela canela. Mas que barbaridade!
Campanha do agasalho
O frio chegou de vez, e, nesta semana, tivemos a primeira geada no Estado. Mas gaúcho de verdade não sente nada no frio – nem os braços nem as mãos nem as pernas.
Faz tanto frio por aqui, que a gente não sente nada mesmo! Aliás, quem fala que “frio é psicológico” só pode ser gaúcho.
Mas, falando sério agora, tem um monte de gente que sofre por demais nesta época do ano. E é por isso que tu tens que te ligar na Campanha do Agasalho.
Eu já doei um moletom bem quentinho. Procura os postos de coleta da tua cidade e participa dessa campanha louca de especial!