Coluna da Maga
Mães que amam demais
Maior aprendizado sobre a maternidade: a mãe que eu idealizei ser é diferente daquela que eu consigo ser. A gente não ensina os filhos a dizer a verdade? Pois é. Sou imperfeitinha e bem intencionada. Muitas vezes equivocada. Exageradamente protetora. Metida e mandona. Insegura, verde, madura (depende da ocasião). Isso soa familiar pra você? Bem-vinda ao clube!
Mães que amam demais são espaçosas e não escondem o encantamento pelas preciosidades que geraram (muitos pais são iguais, mas eles disfarçam melhor que a gente). Talvez aquela imensidão de hormônios da gravidez nunca abandone totalmente o nosso corpo. Podem faltar paciência, dinheiro, tempo, coragem, descanso, pulso firme, só não falta amor.
Eu sigo errando o tamanho dos abraços (GG e eles querem M), a frequência dos beijos, a quantidade de perguntas e não sou nada criativa nas recomendações. Parece que os clichês dão proteção extra. Mães que amam demais têm um sério problema de visão. Olham pros filhos e os enxergam sempre pequenos (não exatamente bebês, menores o suficiente pra ainda necessitarem de ajuda). É uma pegadinha, vamos morrer tentando usar mais a razão do que a emoção pra criar os filhos.
Limites
A partir de agora, por uma questão de sobrevivência, quem precisa de limites sou eu. Um dia eles vão sair de casa, e preciso me preparar desde já. Estou pensando em doar meu corpo em vida pra uma equipe de psicólogos e psiquiatras estudarem a fundo um típico caso de mãe que amou demais. Desde que meus filhos não tenham que participar desse mico.
Um beijo especial pra todas as mulheres que vivem esse sonho lindo, agitado e complicado que é a maternidade. Tomara que eles acertem no presente (passar o domingo junto com a gente!). Pra minha mãezinha amada, eu agradeço tanta dedicação. Rafa e Fabio, meu colinho vai estar sempre aqui! Se eu amo demais é porque vocês valem cada segundo desse amor.