Falando de sexo
O que vale mais na hora H: quantidade ou qualidade?
Com a maturidade, casais passam a entender e dar valor ao que realmente importa em um relacionamento
Olá, se pensam que só as mulheres leem a coluna Falando de Sexo, enganam-se! Eu leio, aprecio e costumo comentar com minha amada esposa. Nos espantamos com a quantidade de casais descontentes. Estamos casados há 39 anos, eu, com 60 anos, ela, com 59. Se disser que nossa vida sexual é igual a quando casamos, estarei mentindo, mas se disser que, hoje, a qualidade substituiu a quantidade e temos uma vida maravilhosa na cama e fora dela, é a pura verdade. A conversa sempre dá resultado, nós falamos de tudo, inclusive, rimos muito quando nos imaginamos octogenários e fazendo sexo, que será em câmera lenta, mas será gostoso, disso eu tenho certeza. Parabéns pela coluna, pelos conselhos sempre dados de forma gentil.
É muito bom ler um relato como o seu, querido leitor, principalmente, quanto ao diálogo, que é a mola propulsora da relação. Vocês contrariam uma tendência de acomodação dos casais ao longo dos anos, quando o tempo esfria a vontade de conversar e a troca de ideias a respeito das questões do dia a dia. Isso provoca uma distância que separa o casal do convívio íntimo e faz com que eles passem a ser dois estranhos.
Também chama atenção a intimidade e a forma bem-humorada como projetam o futuro. Isso mostra que a parceria e a cumplicidade são a tônica deste casamento, marcado pelo diálogo sincero e aberto. Os dois assumem a condição de casal maduro que compreende que a qualidade substitui, com enorme vantagem, a quantidade.
Vocês deixaram de ser quantitativos para ser qualitativos. No fundo, isso acaba se refletindo na satisfação em vários momentos e formas de relacionar-se, não só sexualmente, mas nas descobertas, na criatividade e no convívio prazeroso que contribuem muito para a consolidação da relação.
Encerro dizendo que vocês cultivaram esta relação maravilhosamente, com os fundamentos essenciais para fortificá-la, amadurecendo o amor e fazendo com que as perdas sejam insignificantes.
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