Coluna da Maga
Vida de colunista
Vou te contar um segredo. 90% de tudo que você lê aqui eu devo à música. Se você gosta das colunas, agradeça à minha playlist. Escrevo de noite em casa, depois do trabalho. Daí preciso de uma ajudinha pra me inspirar e dar o melhor de mim. Quero muito que você sinta algo bom ao ler a coluna. Eu termino meu dia pensando em como você vai começar o seu. Entendeu o compromisso?
Depois de jantar e conversar com o pessoal pra saber como foi o dia de cada um, eu dou um rolê pela casa já procurando assunto e vou pro meu cantinho escrever. Colocar os fones de ouvido é parte do ritual. O único problema é ficar surda até o fim do ano. Porque tem que ser um volume bem alto pra mandar embora o cansaço. Às vezes (quase sempre) a música é tão boa que eu danço sentada, esqueço a frase que ia escrever, dou uma espiada no Facebook, lembro algo pra fazer no dia seguinte, olho pro relógio e penso "que tarde, ainda preciso tomar banho", abro a geladeira, volto pro computador, levanto pra pegar uma tacinha de vinho (os outros 10% de tudo que você lê aqui eu devo a ele). Quando me dou conta, terminei a coluna. Pode demorar meia hora ou duas.
Desafio constante
Tem mais um segredo que não contei. Sou prevenida. Meu bloco de notas do celular tem uma lista de assuntos que vou juntando aqui e ali. As melhores ideias vêm do nada, quando não estou procurando. Anoto rápido. Se nem a música e o vinho ajudarem, essa lista vai me salvar. Seguro morreu de velho caquético, sabe assim?
No dia em que sai a coluna, eu mando a próxima. E começo a pensar na seguinte. É um círculo vicioso, um desafio constante, um hábito que já incorporei e adoro. Tenho pavor de palavras repetidas, de errinhos de digitação, de parágrafos que provocam bocejo (acontece). No começo dava medo, agora sei que vou conseguir. Um dia de cada vez, e sempre imaginando você lendo a coluna. Isso me inspira mais do que tudo. Obrigada, viu!