Coluna da Maga
A velhinha que eu quero ser
Você leu a matéria sobre a Irmã Inah, de 108 anos, sexta passada aqui no DG? Eu li e fiquei pensando na velhinha que eu quero ser. Cheia de vitalidade e bom humor, pintando o cabelo "não por vaidade, mas pra colaborar com as empresas produtoras de tinta", como ela brincou. Gente, que vontade de abraçar a Irmã Inah e ouvir todas as suas histórias! Ela citou algo que, pra mim, é o grande segredo da longevidade: se manter ocupada. Além disso, adora comer e acha que o melhor uso do dinheiro é com viagens. Como lidar com tanta sabedoria?
Semana passada também chamou minha atenção uma guria linda homenageando os 99 anos da sua vozinha no Facebook. Sabe o que é uma pessoa nascer em 1917, ainda estar faceira, lúcida e ter perfil em rede social?! "Vivendo o mundo e se alimentando do mundo", como descreveu sua neta. De arrepiar! Comentei no post e quem curtiu? A própria aniversariante (um beijo, dona Tereza!! Me aceita como amiga no Face!!). Quero chegar nessa idade assim, tirando do tempo todas as experiências que ele puder me dar.
Vida longa
Olha só meu plano. Tenho 48 anos. Se tudo der certo, estou na metade da vida. Preciso me cuidar pra completar o álbum com todos os momentos bacanas que ainda vão acontecer. Ver os filhos casarem, os netos nascerem, os bisnetos chegarem. Acompanhar as notícias, entender os novos tempos, ter curiosidade, aprender, viajar bastante. Em algum momento o joelho vai doer, o rosto enrugar, a mão tremer, o corpo desequilibrar. Se eu conseguir manter meu sorriso, sigo em frente (escrevendo no DG!).
E te conto mais: a gente não pode deixar pra curtir a vida só quando se aposentar e a rotina acalmar, jogando nossa felicidade nas mãos incertas do futuro. Vamos viver até quando? O negócio é aproveitar hoje, aqui e agora pra se divertir, amar, mudar, inspirar. Vou guardar no coração esses dois exemplos de mulher. Obrigada, Irmã Inah e dona Tereza! Vocês são umas gurias!