Haja Coração
"O mau-humor dela eu não tenho", brinca Grace Gianoukas, gaúcha que interpreta Teodora em Haja Coração
Em entrevista ao DG, atriz gaúcha fala sobre a personagem na trama, a parceria com a comediante Tatá Werneck e a carreira no teatro
Quando a proposta de atuar em Haja Coração (RBS TV, 19h) chegou até Grace Gianoukas, que interpreta a cômica Teodora Abdala, a atriz e diretora gaúcha se apaixonou pela sinopse. Tanto que alterou a agenda do espetáculo em que está em cartaz para conseguir se dedicar às gravações.
A trama recém exibiu oito capítulos, mas a matriarca dos Abdala já é sucesso e alvo de elogios no Twitter. No folhetim, ela é presidente do complexo gastronômico e cultural Grand Bazzar. Alexandre Borges interpreta seu marido, Aparício Varela, que se uniu a ela por causa da fortuna de Teodora. A mimada e viciada em redes sociais Fedora é a filha do casal, personagem de Tatá Werneck.
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A gaúcha, que é de Rio Grande, tem 52 anos e está "morrendo de saudade de Porto Alegre", conversou com o Diário Gaúcho por telefone. E adiantou: estará na Capital nos dias 15, 16 e 17 de julho com o espetáculo Grace Gianoukas Recebe, do projeto Terça Insana – responsável pela criação de mais de 380 trabalhos diferentes e pelo qual, sob a direção de Grace, já passaram mais de 400 atores.
Na conversa, ela se diz apaixonada pela personagem e pela novela, classifica o texto como "maravilhoso" e garante que tem liberdade para brincar em cena.
Diário Gaúcho -Como recebeste o convite para interpretar a personagem?
Grace Gianoukas - Eu estava em São Paulo fazendo meu novo espetáculo, o Grace Gianoukas Recebe, estreado em 2015. Estava com a temporada assinada até março de 2016. Quando me chamaram, em setembro de 2015, ainda não tinha fechado os contratos da turnê 2016. A produtora de elenco da novela me procurou, disse que havia interesse da direção e do autor. Li a sinopse, amei. Aí, negociei a agenda do espetáculo para 2016.
DG - É o teu papel de mais destaque na televisão?
GC - Minha carreira sempre foi cheia de boons. Fiz uma participação de dez dias no SBT, Castelo Rá-Tim-Bum na TV Cultura, Escolinha do Professor Raimundo, ainda com o Chico (Anysio, falecido em 2012). A Teodora é uma personagem praticamente protagonista. Em torno de mim, gira toda uma trama. Talvez, seja o grande momento de me projetar. A Globo tem uma audiência que é enorme.
DG - Tu e Tatá Werneck têm carreira no humor. Como tem sido a parceria?
GC - Eu e Tatá somos pessoas muito sérias. Apesar de trabalharmos com comédia, somos muito compenetradas para fazer a cena. Depois, temos ataques de riso, como tenho com a Marisa (Orth, que interpreta Francesca) e o Alexandre. Eu não conhecia a Tatá. Acho ela brilhante: uma menina muito inteligente, de raciocínio muito rápido. Ela está batendo um bolão.
DG - O contrato é enquanto durar a novela ou por mais tempo?
GC - Eu e a Globo estamos fazendo uma experiência. O contrato é por obra. Estou aprendendo muito, porque sou uma atriz de teatro. Sei as cenas que podia ter feito melhor, mas, de qualquer forma, tenho que confiar: tenho um diretor e sou superobediente a ele.
DG - Tu tens algo em comum com a Teodora?
GC - A coisa do mau-humor eu não tenho. Não gosto de relacionamentos que humilham as pessoas. Jamais mimaria desse jeito meu filho, apesar de todo o amor. Acho que a Teodora, o amor que ela tem pelas coisas, pela família, o orgulho, a responsabilidade enorme de segurar o clã, eu tenho. Os erros dela são por amor. Nesse ponto, eu me identifico.