Coluna da Maga
A nova febre: caçar Pokémon
Lembra do Pokémon, aquele jogo de batalha de cartas que virou desenho na TV, filmes e brinquedos? Ash, Brock e Misty caçavam monstrinhos cheios de poderes que eram treinados pra batalhar. Meus filhos brincaram tanto de Pokémon! Na última limpa de brinquedos pra doar, os marmanjos não conseguiram desapegar da coleção de cartas. A relíquia segue guardada.
Coisa de criança, né? Sinto informar que você ainda vai ouvir falar muito em Pokémon. A Nintendo acabou de lançar em alguns países o Pokémon Go pra smartphones. Através de GPS e realidade aumentada, o jogador segue pistas e sai bem louco à procura de Pokémons e ginásios de batalha que aparecem quase de verdade na sua frente (a câmera do celular mostra a cena real com o bicho de mentira). É o videogame saindo do computador para as ruas. O Brasil aguarda o lançamento, mas grandalhões tentam baixar mesmo assim. Meu filho já capturou um Pokémon no quarto (a danada da Nintendo libera uma amostra grátis).
Temos que pegar
O que você tem a ver com isso? Quando enxergar uns malucos correndo e apontando o celular pro nada, como se fosse uma forquilha atrás de água, você já sabe. São jogadores de Pokémon Go. É uma baita ideia. E polêmica! Assaltantes já usaram o jogo pra atrair distraídos a emboscadas. Uma criança caiu num penhasco caçando Pokémon. Um marido postou foto capturando um bichinho desses na sala de parto com a mulher parindo! Marcas estão negociando pra que esses monstros virtuais sejam encontrados perto das suas lojas, atraindo consumidores.
Nos EUA, o museu do Holocausto proibiu o jogo no local em respeito às vítimas do Nazismo. Cemitérios são pontos quentes pra jogar. E um americano esperto virou motorista, num carro temático, pra que os passageiros achem Pokémons sem provocar acidente. Essa febre está só começando. Temos que pegar! Até eu fiquei com vontade de capturar um Pikachu.