Lady
Até onde vai o papel da madrasta com o enteado? Confira dicas para manter uma relação saudável
Na trama das seis, Êta Mundo Bom!, Claudinho (Xande Valois) sofreu nas mãos de Ilde (Guilhermina Guinle).
Em Êta Mundo Bom!, Claudinho (Xande Valois) é um menino órfão e cadeirante que já sofreu muito – e em segredo – nas mãos da sua antiga madrasta, Ilde (Guilhermina Guinle). Ela se fazia de mãe amorosa na frente do pai da criança, Araújo (Flávio Araújo), mas maltratava o garoto quando estava sozinha com ele.
Depois que o pai trocou a megera por Sandra (Flávia Alessandra), outra golpista, o menino e suas necessidades especiais, mais uma vez, foram usados como argumentos para a loira seduzir Araújo e convencê-lo a embarcar em suas artimanhas. Na vida real, as madrastas podem ter um papel fundamental na vida das crianças, tanto as que perderam as mães quanto aquelas que têm pais separados.
Leia outras notícias do Lady
Mas, assim como na ficção, nem sempre a relação é fácil. A psicóloga, terapeuta de família e professora da Feevale Nara Maria Batista Cardoso explica que, em qualquer caso, a prioridade deve ser a criança:
– A figura da madrasta ganhou, historicamente, uma aura de pessoa má. Porém, não dá para encarar a situação como ruim ou complicada, mas, sim, como uma situação que exige tempo, adaptação e diálogo.
Se você é madrasta, confira as dicas para manter uma relação saudável e harmônica com seu enteado.
Foco nos pequenos
Segundo Nara, em qualquer relação que envolva crianças ou adolescentes, o foco deve estar nos pequenos. Isso é exatamente ao contrário do que faz Sandra, que usa Claudinho apenas como um caminho para manipular Araújo. Na novela das seis, a loira má nem convive com o garoto.
– Como madrasta, procure sempre pensar no bem-estar dos seus enteados. Estar disposta a desenvolver uma boa relação com eles é o primeiro passo para conseguir isso – ensina Nara.
Antes de tomar qualquer atitude, pense se não pode influenciar os pequenos. E, se for prejudicial a eles, é melhor repensar a sua decisão.
Dê tempo ao tempo
Outra dica preciosa para uma convivência saudável: não espere a aceitação imediata de seus enteados com relação a você.
– No início de uma relação dos pais, os filhos podem ter ciúme, brigar e xingar. É normal, já que passaram por uma separação – explica a psicóloga.
Então, nada de tomar a birra dos enteados como algo pessoal. Afinal, eles ainda podem estar chateados e até assustados, já que a sua chegada representa uma mudança na vida de todos. A tendência é que se acostumem, mas isso também não deve ser forçado. Cada filho tem o seu devido tempo.
Não ultrapasse limites
Quando se convive bastante com uma criança ou um adolescente, é natural que se queira participar da rotina deles. Seja no lazer ou ajudando na escola, a presença da madrasta pode ser positiva.
Só respeite os limites dados: pai, mãe e madrasta devem conversar para saber até onde se pode ir. Não desautorize o que a mãe das crianças tiver dito.
Respeite o luto
Se você se envolver com um homem viúvo que tem filhos, como é o caso de Araújo na trama, muito cuidado!
– Deixe claro à criança que você pode ajudá-la se ela precisar, mas não se compare com a mãe nem tente realizar tudo o que ela fazia – recomenda Nara:
– A família deve deixar claro que a criança não ficará desamparada.