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Diversidade sexual deve ser assunto obrigatório com os filhos: saiba como abordar

Segundo o psicólogo e professor da Fadergs Eduardo Lomando, os pais devem deixar claro que estão disponíveis para conversar quando o filho quiser

22/07/2016 - 12h00min

Atualizada em: 22/07/2016 - 16h53min


Elana Mazon
Elana Mazon
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A primeira cena de sexo entre homens, em novelas, causou o maior alvoroço na semana passada, com Tolentino (Ricardo Pereira) e André (Caio Blat) em Liberdade, Liberdade. Enquanto muita gente exaltou, pelas redes sociais, o marco histórico, outros criticaram que foi desnecessário.

Independentemente da sua opinião, a diversidade sexual é assunto presente na sociedade e pode gerar curiosidade, principalmente, nas crianças. Para ajudar você a abordar com seus filhos o tema, que pode ser delicado, Lady pede ajuda ao psicólogo e professor da Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Fadergs) Eduardo Comando, que orienta:

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– Quanto mais cedo se falar sobre isso de forma positiva, menos índices de homofobia teremos. Isso quer dizer uma sociedade menos violenta.

Confira como!

Conversa não muda orientação
A primeira coisa que os pais devem ter em mente é: falar sobre diversidade sexual não significa ensinar o filho a ser gay ou lésbica.

– A ciência não conseguiu determinar o motivo de uma pessoa ter orientação sexual diferente da heterossexual. Falar sobre isso não vai fazer ninguém se tornar gay ou lésbica. Mas as conversas evitam que elas se tornem homofóbicas – explica Eduardo, que alerta:

– Pais que não tocam no assunto correm o risco de os outros falarem com os filhos deles a respeito e de forma distorcida.

Disposição para falar
Então, vamos lá: existe um momento ideal para sentar-se com as crianças e falar sobre diversidade sexual?

– Não existe uma idade correta, pode ser falado em todas. O assunto não deve ser tabu nem segredo – ensina Eduardo.

Outra dica preciosa do profissional é não esperar pela curiosidade da gurizada. Tome você a iniciativa:

– Se a criança não pergunta nada, os pais, na sua inocência, pensam que elas não querem saber. Mas a garotada pode estar com vergonha de questionar.

Pelo menos, deixe claro que o assunto pode ser conversado quando ela quiser. Uma cena como a de Liberdade, Liberdade é um exemplo de deixa para a conversa.

Como explicar aos filhos
Se o seu filho é curioso e pergunta, ou se é mais tímido, e você precisa puxar o assunto, tanto faz. A importância desta conversa é a mesma. Para isso, a dica do psicólogo Eduardo é falar de forma positiva:

– Isso significa dizer que é possível gostar e amar pessoas do mesmo sexo, e que essa relação pode até envolver sexo, se as duas pessoas quiserem. E que isso é saudável como acontece com um homem e uma mulher.

Mostre que existem casais homossexuais que vivem juntos, têm filhos e são felizes assim também.

Xô, preconceito!
Se você perceber que seu filho tem alguma atitude homofóbica, como olhar torto para um casal homossexual, é hora de agir.

– Tente compreender o motivo desse preconceito. Se ele disser que acha nojento dois homens se beijarem, questione: por que é nojento? O que tem de errado nisso? – provoca o psicólogo.

Mostre, com argumentos, que o pensamento preconceituoso não faz sentido. E que pode fazer os outros sofrerem.



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