Esse assunto foi sugestão de um leitor. Eu ri alto. Não que ele queira bancar o ricaço. O Eugênio me disse que prefere a vida de remediado, com amigos mais sinceros e pratos mais bem servidos. Segundo ele, parecer rico é o desejo de 99% da população. E pensou que eu poderia ajudar com dicas práticas. Bom, minha conta bancária vive no negativo e falo isso pra quem quiser ouvir. Mas tenho imaginação de sobra, que é algo mais valioso que dinheiro. Topei o desafio.

Para acharem que você é rico, a primeira dica é aparentar tranquilidade. Ricos não se preocupam à toa. Alguém se preocupa por eles. Testa franzida é a cara da pobreza, gente! E como ninguém aqui tem grana sobrando pra gastar com botox, o jeito é relaxar na marra. Finja que não tem problemas (ou que eles não são tão grandes assim). Imagine que você encontrou uma nota de R$ 100 (opa, ficar feliz porque achou dinheiro é coisa de pobre). Mentalize dias melhores e sorria antecipadamente. Solte a mandíbula, ricos não mordem. Só canapé de caviar.

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Todo pimpão

Sabe onde é fácil parecer rico? Nas redes sociais. A gente jura que a vida é cor-de-rosa todo santo dia! Ainda bem que o vazio da alma não aparece nas fotos, sempre escolhemos o que mostrar. Existe uma expressão que define essa riqueza online: capital social. Vale pra todas as situações que nos colocam em vantagem perante os amigos. Pena que não dá pra pagar o rancho com capital social.

Lembrei de outro lugar bom pra aparentar riqueza. O supermercado! Escolha um sábado à tarde pra ter mais chance de encontrar conhecidos. Encha o carrinho com filé mignon, picanha nobre, bebidas caras, produtos importados e circule todo pimpão pelos corredores. Sem pressa, a ideia é ver e ser visto. Já reparou nos carrinhos cheios abandonados? Falsos ricos. Pior que fazem isso. Eles não sabem que riqueza mesmo é ser feliz do jeito que der. MIL VEZES, né Eugênio?