A ficção não sobrevive sem clichês. Aquelas situações que já vimos milhares de vezes, mas que algumas vezes são necessárias para o bom andamento da história. Estamos (mal) acostumados com o "mais do mesmo", como se fôssemos crianças que precisam ouvir o "felizes para sempre" de novo, de novo e de novo.

No entanto, tudo que é em excesso incomoda. Por exemplo, o velho e manjado golpe "boa noite Cinderela", utilizado em exaustão pelos vilões das novelas. Os mocinhos, como sempre, caem como patos na mesma armadilha.

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Esta semana, Haja Coração mostrou de novo a armação mais clássica da teledramaturgia. Apolo (Malvino Salvador) caiu no golpe de Beto (João Baldasserini) e foi dopado, para logo em seguida ir parar na cama com uma mulher desconhecida. As imagens foram exibidas para Tancinha (Mariana Ximenes) no dia do casamento, colocando um fim na relação do casal.

O mesmo aconteceu com Candinho (Sérgio Guizé) em Êta Mundo Bom, com Eliza (Marina Ruy Barbosa) em Totalmente Demais, com Benjamin (Maurício Destri) em I Love Paraisópolis, enfim... Será que não está na hora de aposentar esse clichezão e investir em histórias mais criativas?