Coluna da Maga
Quando o stress se transforma em culote
Pois é, isso não é novidade mas a gente deixa acontecer. Compensa um dia difícil com uma bela comilança. O problema é que são muitos dias assim. Pra cada pepino no trabalho, o carinho do açúcar e o conforto da farinha branca. Pra cada pico de ansiedade, o prazer de forrar o estômago. Descontar o stress na geladeira nunca deu certo. Minha relação com a comida estava igualzinha à segurança em Porto Alegre: terra de ninguém. Metendo bala nos doces, matando pratos enormes, fazendo arrastão no buffet. Decidi botar ordem no caos e assumir o controle. Por acaso você se identificou? Vive brigando com a balança e perdendo a luta? Não custa tentar mais uma vez, não tá morto (de fome) quem peleia.
A gente se engana, se entope, se esquece, se maltrata, se arrepende. Coitado do corpo, que vira pneu e lata de lixo. Um dia finalmente dá o clic na nossa cabeça. Chega! O zíper da calça bem que tentou avisar, agora tem uma pochete de gordura que não estava ali. Sabe quando você se olha numa foto e descobre que saiu com cara de bolacha Trakinas? Provavelmente, não é só a cara.
Chá de cavalinha
Mesmo tomando a decisão de fechar a boca, vem a vontade de tomar um chocolate quente duplo com chantilly. O que é a irritação dos primeiros dias? Parece que a gente só pensa em comida. Somos imediatistas, queremos resultados pra ontem e não é assim que funciona. Chá de cavalinha ajuda, exemplos de sucesso também. O marido que perdeu 15kg (apesar das minhas sabotagens), as amigas que conseguiram emagrecer e têm muitas dicas. Eu mesma já consegui antes.
Quero me sentir bem nas minhas roupas, essa é a meta. Sem virar uma alucinada contando calorias, sem desistir na primeira recaída. Aceitando que as pessoas vão continuar comendo ao meu redor. Inclusive pão de queijo. Vou ter uma conversa séria com o stress. Permitir que ele vire culote não é mais uma opção. Boa sorte pra mim.