Falando de sexo
Riscos e cuidados necessários para a prática do sexo anal
Nossa orientação é sempre procurar um especialista para saber como lidar com questões que envolvam o organismo
Olá! Tenho 45 anos e sou casado há 14. Até os seis anos de casados, nunca tinha rolado sexo anal. Mas, certo dia, despertou nela a vontade. Conversamos, buscamos na internet dicas de como usar gel lubrificantes, de como excitá-la etc. Aconteceu, e ela adorou. Desde então, sempre que transamos, ela pede por trás. Isso, com o tempo, não vai prejudicá-la?
Para começar, nossa orientação é sempre procurar um especialista – proctologista ou ginecologista – para saber como lidar com questões que envolvam o organismo. Cada pessoa é diferente na sua fisiologia e anatomia, por isso, essa orientação é importante.
Basicamente, os riscos do sexo anal se dividem em duas categorias: infecções e danos físicos. No primeiro caso, se deve à altíssima concentração de micro-organismos, inclusive, alguns que não são encontrados em outras partes do corpo. Na segunda situação, o ânus e o reto são estruturas que, apesar de serem resistentes a estes micro-organismos, são frágeis estruturalmente.
O dano físico pode se manifestar como trauma no reto, hemorroidas, fissuras anais e prolapso retal (a mucosa do reto acaba se exteriorizando pelo ânus). Tem como causas principais a penetração forçada sem lubrificante suficiente, a introdução de objetos largos e a sensibilidade diminuída devido ao uso de álcool ou outras drogas.
Preservativo sempre
E não custa repetir: camisinha é essencial. Existem algumas mais grossas, especiais para a prática do sexo anal. O lubrificante deve ser à base de água, pois os outros podem danificar o látex e romper a camisinha.
Procurem evitar objetos muito largos e aqueles que entram com tudo e acabam ficando lá dentro. Também jeitinho, sempre.
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