Coluna da Maga
Torcendo pela abertura das Olimpíadas
Se a abertura for lindona, como tem que ser, eu já fico feliz. Depois as Olimpíadas engrenam e o foco muda pros atletas, medalhas e recordes. São muitos dias de jogos e até quem não é fanático por esporte acompanha as curiosidades, vibra com as histórias de superação e torce. O problema é a abertura. O mundo inteiro vai observar a festa que o Brasil preparou. Já que gastaram uma imensidão de dinheiro, que pelo menos tudo funcione direitinho, as coreografias sejam bonitas e a gente esqueça por 3 horas os problemas de corrupção, miséria, segurança e saúde. Viva o nosso jeitinho de varrer a sujeira pra baixo do tapete. Vai que é tua, Anitta!
Talvez eu não assista na TV sexta à noite, mas depois vou conferir tudo na internet. Melhor não ver em tempo real porque essas aberturas me deixam com vergonha alheia. Lembro até hoje do palco pobrinho da festa da Copa do Mundo (faltou figuração que eu vi). É a síndrome da anfitriã perfeita. Quando alguém vai visitar a sua casa pela primeira vez, você não quer tudo nos trinques pra causar boa impressão?
Tocha Olímpica
E como tem motivos pra deixar o clima tenso. Perigo de atentados. Painéis disfarçando favelas. Apartamentos da Vila Olímpica cheios de vazamentos e panes elétricas. Você também ouviu a piada do kit de boas vindas para as delegações estrangeiras, com veda-rosca, alicate e outros utensílios? E o Luciano Hulk, que levou barcos enormes de sushi para as atletas brasileiras? Enquanto eles conversavam, eu só imaginava quanto tempo aquele monte de peixe cru já estava pronto esperando. E se as meninas passam mal?
Emoção garantida: uma grande amiga minha carregou a Tocha Olímpica em Porto Alegre. E ela não caiu, como fez a dona do Magazine Luiza (depois até os preços caíram em promoção). Se o melhor do Brasil são os brasileiros, tomara que nossa simpatia e bom humor compensem os perrengues. É recorde em sobrevivência. Medalha de ouro pra nós!