Coluna da Maga
Magali Moraes e uma polêmica: arrumar ou não a cama?
Desculpe interromper seu feriado, mas preciso fazer uma pergunta importantíssima. De hoje não passa. E já aviso. É pessoal. Você vai arrumar sua cama nesta quarta-feira, 7 de setembro de 2016? Já arrumou? Ou vai deixar bagunçada o dia todo? Rebeldia? Preguiça? Você até pretende arrumar, mas só depois da soneca do almoço? Não decidiu ainda porque, caramba, ninguém precisa tomar decisões num feriado? Ou você nunca, jamais, sob hipótese alguma arruma a cama?
Era pra ser apenas uma pergunta, juro. É que esse assunto mexe comigo. Não consigo ver cama desarrumada. Sei que muita gente acha isso bobagem. Meu ponto não é a cama, e sim as diferenças de comportamento. A lógica de uma pessoa pode não fazer o menor sentido pra outra. E tem a maneira como fomos criados. Eu cresci acreditando que arrumar a cama é que nem tomar banho e escovar os dentes, algo que faz parte da higiene. Adoro lençol bem esticado, cobertor preso embaixo do colchão, travesseiro centralizado, colcha por cima. Não vale dar uma puxadinha aqui e ali (ou vale pra você?). Pra mim, tem que tirar tudo e recolocar no lugar.
Pesadelo
Alguns dirão "Maga, isso é TOC!". Muitos responderão "por que arrumar, se de noite a gente deita e bagunça de novo?" Entendo e discordo. Se fosse assim, ninguém precisaria lavar a louça porque ela vai sujar depois. E tem mais. Desconfio que cama revirada provoca pesadelo. Já uma cama lindamente arrumada é um convite pra dormir bem. Tomara que alguém concorde comigo. Lá em casa, esse assunto rende.
Como é feriado, existe uma tolerância. Totalmente compreensível arrumar a cama um pouco mais tarde que o normal. E quem trabalha hoje? Saiu atrasado e fugiu de fininho? Vai arrumar na volta? Ou deixa assim que amanhã é outro dia? Nem vou perguntar como tá a situação embaixo da cama, se tem chinelo perdido, cueca desaparecida, papel de bala. Aí sou obrigada a concordar. É TOC.