Estrelas da Periferia
Conheça o funkeiro gaúcho que se inspirou em um fenômeno paulista do gênero
MC Guigo, de Gravataí, começou a carreira por influência de amigos, que diziam que ele se parecia com Lon, um dos ícones do gênero. Hoje, o gaúcho aposta em um rap mais realista, falando do dia a dia, longe do ostentação.
Apaixonado por música desde criança, Igor Felipe da Silva Courtois, hoje com 20 anos, morador do Bairro Nova Conquista, em Gravataí, foi incentivado a entrar no funk por uma espécie de semelhança com um dos destaques do funk nacional, MC Lon, de São Paulo. Em 2010, Lon estourou no país, com o hit Novinha, Vem Que Tem, cujo clipe tem mais de 52 milhões de acessos no YouTube. Na época, Igor circulava pelo bairro ao lado de amigos e do primo, Rodrigo, fazendo rimas de rap, sua então paixão.
– Mas, em cada lugar que eu ia, diziam que eu era muito parecido com o Lon. Na noite, cheguei a ser confundido com ele. Daí, decidi ir numa lan house e ouvir o som do Lon. Achei demais e comecei a pensar em entrar no funk. Nos dois anos seguintes, passei a compor para que minha ideias ganhassem corpo – afirma o hoje MC Guigo.
Dia a dia
Em 2013, Guigo se lançou no mercado, sempre ouvindo as comparações com o funkeiro famoso.
– Se chegar na metade das visualizações dos clipes dele, tá ótimo (risos) – almeja Guigo.
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No começo, o funkeiro apostava numa mistura de ostentação com pitadas de malícia, em canções como Desce e Sobe, e em outras que falavam sobre o seu dia a dia como Sonho de Moleque.
– Essa última fala de onde eu vim, é mais realista, como têm sido as letras dos funks atuais. Vejo que o funk ostentação perdeu força nos últimos anos – constata o músico.
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Com cerca de oito shows mensais, em eventos em Gravataí, Cachoeirinha e em Porto Alegre, o funkeiro prepara o lançamento de sua próxima música, Olha de Onde Eu Vim, que deve virar clipe - o primeiro de sua trajetória.
– Acho que esse é um bom caminho a ser seguido: falar do dia a dia, da realidade do artista, de tudo que ele passou para conseguir virar um funkeiro. Mas a gente sabe que o funk segue modas, né? Assim como o funk de antigamente (melody) praticamente acabou, a gente sabe que tudo pode mudar daqui a um tempo, de novo – diz Guigo.
Pitaco de Quem Entende
MC Jean Paul fala sobre o som de Guigo:
– Ele vem numa pegada dançante, trazendo um funk que pode entrar bem nas pistas. Para as próximas canções, deixo a dica de ter bastante atenção na mixagem da voz. Boa sorte!
Aqui, o espaço é todo seu!
– Para participar, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas em MP3 ou clipe e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.
– Para falar com Guigo, ligue para 98441-9316.