Coluna da Maga
Magali Moraes conta que está aprendendo a dizer não pra comilança
Como é difícil dizer não! Especialmente pra cachorrinhos quentes deliciosos. Mas eu disse. Também falei não pra bandeja cheia de salgadinhos maravilhosos que colocaram na minha frente. Sabe canoinha de fios de ovos e presunto picadinho? Adoro de paixão! Eu poderia comer uma bandeja inteira delas. Não comi nenhuma. Juro que uma canoinha ficou me olhando debochada, como se duvidasse que eu pudesse resistir. Maldita! Agora, o não mais doído de dizer foi pros docinhos e copinhos de brigadeiros.
Não é fácil ir a aniversário quando a gente está focadíssima em fechar a boca. Ainda mais em aniversário bem servido, onde o tempo todo alguém te oferece comida. Pra não dizer que não comi nada, ataquei as frutinhas de uma bebida. E conversei feito doida pra distrair a gula (amigas parceiras ajudam muito). Ando virada em fruta, nunca comi tanto mamão na minha vida! Tenho um casamento pra ir e fiz um trato comigo mesma: radicalizar durante um mês. Uma força-tarefa pra perder uns quilinhos e me sentir mais leve. Está dando certo! Comecei a ver o resultado.
Borda recheada
Agora, tire as crianças da sala, porque vou contar uma desgraça. Há mais de 20 dias, eu digo não pro pão. Essa é a parte horripilante do trato. Sou alucinada por pão, e ele por mim! Nascemos um pro outro. Por mais que seja sofrido, estou aprendendo a dizer não pro cacetinho, croissant, pão de queijo, bisnaguinha, pão com alho do churrasco. Até pro pão integral estou dizendo não. Em compensação, é um tal de comer aveia, linhaça, chia e granola que te digo.
Pior é que dá pra ser feliz assim. Quando a calça descola do corpo, a gente fica mais animada pra comer coisas saudáveis. Depois do casamento, eu pretendo seguir equilibrando a comilança. Por enquanto, eu digo não. Não pro chocolate. Não pra batata frita. Não pra massa com molho branco. Não pra repetir o prato. Não pra pizza com borda recheada. Já bastam as minhas.