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Coluna da Maga

Magali Moraes escreve sobre as bicicletas que humanizam a cidade

21/11/2016 - 09h59min

Atualizada em: 21/11/2016 - 10h01min


Magali Moraes
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Na volta do último feriado, fui surpreendida por uma novidade das boas: um bicicletário do Itaú instalado exatamente na frente de casa! Que maravilha! Me lembrei da infância, quando eu passava o verão inteiro na praia com minha vó e em março ficava encantada com as mudanças que encontrava na cidade (era a visão de uma criança, aposto que não mudava tanto assim).

Só de saber que as bikes estão ali me esperando pra um passeio dá alegria na alma. É pra lembrar que o lazer e o prazer podem acontecer a qualquer dia da semana. A cidade fica mais colorida e humanizada. Agora posso usar o bicicletário como ponto de referência (melhor do que dizer "é aquele prédio alto"). E posso fazer as pazes com as magrelas! Já caí numa dessas bicicletas que estava mal conservada e cheguei a romper um ligamento. Tô pronta pra novas aventuras!

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Falta consciência

Deve ter alguém que não gostou do bicicletário. Imagina que horror perder espaço pra estacionar carros na rua. Será? Essa mentalidade tem que mudar. Estamos acostumados a priorizar quatro rodas em vez de duas pernas. Em mobilidade urbana, é como se a gente ainda estivesse se equilibrando com as rodinhas de trás da bici, aprendendo a andar. Com certeza falta um transporte coletivo que funcione pra todos. Também falta consciência do que é melhor pra cidade. Meu sonho é depender menos de carro e resolver minha vida a pé.

A gente precisa se reeducar e se colocar no lugar dos outros. Respeitar o espaço dos ciclistas e torcer pra que eles respeitem motoristas e pedestres. Meu filho, que já estava indo pro trabalho de bike, foi quem mais comemorou o bicicletário. Ainda estou comemorando o capacete que ele finalmente comprou. Difícil acalmar coração de mãe. Essas mudanças de atitude são puxadas pelas gerações mais novas. Pra eles, carro é dispensável. Ciclovia é legal, é sustentável, é liberdade. Vem um futuro bem mais lindo por aí.



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