Coluna da Maga
Magali Moraes fala sobre os hábitos por trás de um jornal
Quem lê jornal no meio de um feriadão de carnaval? Pensei nisso ao procurar assunto pra esta segunda-feira diferentona. Os hábitos de leitura permanecem os mesmos quando as pessoas estão fora da rotina? Como o DG não tem assinatura, você precisa sair de casa pra comprar. Durante a semana é fácil porque tem sempre uma banca no caminho. No fíndi, qualquer ida ao mercado já resolve a vida (é só botar o DG na lista). A turma que lê o jornal na internet acaba criando uma rotina própria e se acostuma a acessar o site em determinado momento do dia.
Em pleno carnaval, tudo pode acontecer: ficar sem wi-fi, dormir até mais tarde e acordar sem jornal, ler no horário de sempre, esquecer de ler, devorar todas as matérias com tempo de sobra ou apenas passar os olhos nas manchetes. E foi assim que eu achei o tema dessa coluna: será que os leitores sabem a quantidade de gente envolvida pra fazer o jornal, independente se alguém vai ler ou não?
Páginas em branco
A redação não para quando é feriado. A força do hábito também vale nos bastidores. Notícias surgem do nada, repórteres e fotógrafos saem às ruas, informações são checadas, colunistas buscam assunto, cartunistas idem, a capa do dia seguinte é decidida. Todas as páginas em branco precisam ser preenchidas dentro do prazo. A melhor edição que pode ser feita fica velha rapidinho. Amanhã é outro dia e começa tudo de novo.
Já contei que sou publicitária e a rotina em agência é não ter rotina. O trabalho invade as horas livres, a pressão é enorme. Mas desde que comecei a escrever no DG e me aproximei do jornalismo, descobri que o pessoal rala mais ainda. Sábado e domingo são dias normais. Plantão é rotina numa redação. Se você está curtindo o feriado bem tranquilo, leia todo o DG. Não é por mim, que sou peça nova na engrenagem. É pela equipe incansável que está por trás desse jornal e tem como hábito se dedicar a você, leitor.