Coluna da Maga
Magali Moraes escreve sobre uma aula de Zumba
Não, eu não fiz. Assisti mantendo uma distância segura. Deu vontade e faltou coragem. Vai que o meu corpo quebra em algum lugar. Você já viu uma aula de Zumba? É contagiante. É assustador! Fiquei hipnotizada olhando aquelas mulheres com esqueleto de borracha sacolejando sem parar. Elas imitavam os movimentos da profe, que sorria como se tudo fosse fácil. Me identifiquei com a turma do fundão, tentando acompanhar. Mas como tirar os olhos das alunas lá da frente, dançando tão bem que poderiam ser a professora?
A Zumba é invenção de um coreógrafo colombiano e mistura pista de dança com academia. Pense num treino onde os exercícios são coreografias de ritmos latinos: salsa, merengue, reggaeton, mambo e samba. Ninguém puxa ferro ou faz abdominais e gasta até mil calorias no remelexo!! Uma coisa eu posso afirmar. Aquelas mulheres estavam se divertindo. No meio da aula, algumas saíram do próprio corpo e se teletransportaram pra uma ilha animadíssima no Caribe.
Autocrítica
Eu acho tão legal quem sabe dançar. Já deu pra perceber que não faço parte desse time. Nunca sei o que fazer com os braços. Minha cintura é dura. Os pés mal saem do lugar. Agora se a música for boa e me puxar pela mão, apenas me deixem improvisar. Numa festa, tudo ajuda. As luzes, a maquiagem, os drinks, os amigos. Autocrítica, só na manhã seguinte.
Aula de Zumba é diferente. É ser oficialmente humilhada pelas colegas. É forçar uma ruptura no quadril. É desafiar o nervo ciático. E se eu me matricular em outra cidade, sem correr o risco de encontrar conhecidos? E se eu fizer uma aula pra ver se dói? As festas latinas estão na moda e atraem cada vez mais gente (num passado distante, só tocava Fuego Lento da Rosana). Dizem que a Zumba bota todo mundo pra dançar. Desconfio que o seu maior benefício é dar leveza pra que a gente consiga rir de nós mesmas. Estou quase convencida. Dança dos Famosos, me aguarde!!