Tomei pra mim a tarefa de chamar vocês, os filhos, pra uma conversinha sobre nós, as mães. Domingo é nosso dia, e esperamos mais que homenagens. O que a gente quer é compreensão todos os dias do ano. Queremos afofar vocês sem culpa. Dar beijo de boa noite e de bom dia. Queremos ser o despertador, a agenda, o cão de guarda, o divã de vocês. Exercer nosso direito de agir como mãe, amar como mãe, pensar como mãe, proteger como mãe. E sem que ninguém nos recrimine.

Vou começar com um pedido básico. Parem de repetir que mãe é tudo igual. A gente se ofende com isso. Generalizar é não valorizar o nosso envolvimento nessa relação. Cada uma de nós tem um vínculo único com um filho. Não podemos ser iguais porque vocês não são. O que a gente adoraria é ser mágica. Pra aparecer de surpresa quando vocês mais precisam. Pra desaparecer quando pisamos na bola (tipo chamar de bebê na frente da namorada). Pra ensinar todos os truques da vida adulta. Pra tirar coelhos da cartola e encantar como na infância.

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Te cuida

Não adianta almoçar com a mãe nesse domingo e reclamar que ela está te enchendo de comida. Apenas aceite. Lembra daquele alimento que te sustentou desde os primeiros momentos, o leite materno? E de todos os lanchinhos fora de hora que você já ganhou na vida? Uma das especialidades de mãe é alimentar: seja de amor ou de comida. E alimentar os seus sonhos. Enxerguem na mãe de vocês uma pessoa que nunca se dá por vencida quando o assunto é a felicidade de um filho.

Se repetimos infinitamente "te cuida!" é porque não estamos totalmente confiantes que o mundo está tratando bem vocês. E que vocês estão atentos a isso. Queremos provas concretas (podem ser visitas, ligações, fotos, mensagens). Só não esqueçam de mandar junto um emoji de coração. Falando nisso, lembrem sempre de demonstrar carinho e gratidão por terem a mãe por perto. Mesmo que não seja perfeita, ela segue tentando.