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Estrelas da Periferia

Conheça a Som Muleke, que surgiu das brincadeiras de quatro irmãos e um primo em festas de família

Banda usa baixo nas apresentações, que incluem, além do pagode, hits sertanejos e até rock

20/06/2017 - 08h00min

Atualizada em: 20/06/2017 - 11h10min


José Augusto Barros
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Gurizada guarda grana dos shows para gravar músicas próprias

Em Gravataí, a união de uma família resultou na criação da banda Som Muleke. Gian (bateria), Carlos, o Caramelo (percussão), Luãn, o Baby (cavaco), e Leozinho (pandeiro e voz) são irmãos e tocam juntos desde pequenos em festas de família e confraternizações, com o primo Rafael (maracá). Por isso, não teria como não formar uma banda de pagode.

– A gente nasceu fazendo isso (risos). Churrasco de família, um pagode aqui, outro ali – comenta Gian.

Há cerca de cinco anos, o grupo incorporou o atual vocalista, Cleber Sorrisinho. Inicialmente, a ideia era formar uma banda para a galera se divertir, mas o som acabou caindo no gosto do povo.

Não foi fácil
Mesmo assim, a turma passou por dificuldades.

– A gente acredita no mesmo sonho. Senão, já teria desistido. Mas, quando vimos que a coisa começou a ficar mais séria, com mais shows, percebemos que estaríamos entrando em um momento legal – afirma Cleber.

Em um mercado tão competitivo como o do pagode, os guris tentam se diferenciar nos shows. Uma das estratégias é usar baixo, não muito comum em bandas do gênero.

– Com isso, a gente consegue incluir músicas sertanejas e até rock. Não adianta tocar um pagode igual ao de outras bandas. Tem que fazer algo diferente – defende o vocalista.

Com dificuldades financeiras, a banda ainda não conseguiu gravar músicas próprias. Mas, como a agenda de shows – cerca de três por fim de semana – está melhorando, a ideia é gravar o primeiro disco ainda neste ano.

– Estamos investindo todo o dinheiro dos shows na gravação – finaliza Cleber.

Ainda integram a banda Marcielly Padilha (backing vocal) e Luis Henrique Fagundes, o Tiziu (violão).

Pitaco de Quem Entende
Adriano Brasil, produtor artístico, avalia o trabalho da banda:

– Interessante eles ousarem e usarem baixo (instrumento). Mas a construção da identidade de uma banda se dá com as composições próprias. Bom som, a banda tem um bom vocalista.

O espaço é todo seu
/// Para participar da seção, mande um pequeno histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho solo, músicas e vídeos e um telefone de contato para jose.barros@diariogaucho.com.br.

/// Para falar com a banda, ligue para 993-328923.



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