Coluna da Maga
Magali Moraes e uma fome de leão
Eu comeria agora um frango assado com polenta. Bastante polenta. Ou então filé com fritas. Calma que explico!! Tô escrevendo essa coluna de noite, antes de jantar. Meu cérebro é meu pior inimigo. Em vez de me oferecer um bufê de ideias pra fazer uma baita coluna, ele me distrai com pensamentos gordos. Rodízio de pizza. Sonho recheado de Mumu. Macarrão. Bolo de chocolate. Pastel de carne com azeitona e ovinho picado. Assim mesmo, misturando doce com salgado. Que fome de leão!
Na verdade, não é fome real. É fome antecipada. Essa semana eu tenho hora na nutricionista. São duas possibilidades: desmarcar, empurrando o problema com a barriga (literalmente). Ou apelar pro sincerão. Contar pra ela que a minha intenção era a melhor possível quando fui consultar. E que não consegui colocar em prática metade das combinações. Vou subir naquela balança e pagar todos os meus pecados calóricos. A pouca água que tomei, as escolhas erradas, a mastigação acelerada, a falta de controle.
Borda de catupiri
Como é difícil fechar a boca e mudar o jeito de se relacionar com a comida! "Pode comer de tudo, mas não tudo". Já repeti mil vezes essa frase linda que ela disse. Acredito em cada palavra. O problema é internalizar isso pra sempre. Ter foco, disciplina, força de vontade. Eu poderia botar a culpa nas viagens. Nos horários malucos do trabalho. Na ansiedade. Mas tenho vergonha na cara. Sou a única responsável pela borda de catupiri na minha cintura.
A nutri deixa tomar vinho. O detalhe é que, pra ela, vinho é carboidrato. Lá se foi o encanto, sabe? Agora eu olho pra minha tacinha e visualizo gordices. Peraí que vou fazer um brinde a quem consegue se concentrar no sabor, na cor e não nas calorias. Antes que você pergunte, eu adoro salada. Amo fruta. Só que também amo todo o resto da mesa. Inclusive a sobremesa. Aguarde os próximos capítulos. Nutri, prepara o sermão que eu tô chegando.