Coluna da Maga
Magali Moraes faz um pedido: libertem as moedinhas
Se tem uma coisa que eu gosto é moeda de um real. Não posso ver uma delas dando sopa em cima da mesa que já vou pegando (calma que só faço isso em casa). Moedas de 50 e de 25 centavos também são boas de ter na carteira. Pra comprar o DG, usar num parquímetro, ajudar alguém no sinal fechado e facilitar o troco (ou então você corre o risco de receber muuuitas moedas de volta). Percebeu a contradição? Eu gosto das maiores. As menores, eu abandono num cofrinho.
Esse é o problema. Se tem mais gente que também faz isso, imagina quantas moedas miudinhas estão neste momento esquecidas em mochilas, niqueleiras, potes, fundos de bolsas e gavetas? Um exército delas! Moedas que dariam pra movimentar o comércio. Pior é guardar em cofre. Existe uma intenção de passar adiante algum dia, mas nunca achamos que é uma quantia suficiente que vale a pena levar em algum lugar pra trocar por notas de papel. E assim vamos mantendo as coitadas no cativeiro, sem enxergar a luz do sol.
Metal brilhando
Já ameacei recolher tudo e resolver o assunto na fruteira da esquina. Como não tenho mais criança em casa, parece que perde a magia esvaziar um cofre. É apenas uma tarefa a mais pra fazer. E aquela máquina de contar moedas que tem nos supermercados e dá um vale com o valor pra gastar no caixa? Seguido aparece um pitoco carregado de moedas e vira todas ali dentro, louco de faceiro. Acho fofo! A expectativa é grande. Possivelmente maior que a soma do dinheiro.
Qual é a sua relação com moedinhas? Odeia? Não liga? Acumula? Junta uma caída no chão, mesmo se for de dez centavos? Já conseguiu comprar algo legal juntando moedas? Minhas preferidas são as novinhas, com o metal brilhando ainda. Na infância, eu adorava desenhar círculos contornando a moeda com o lápis. Bem que a gente podia libertar todas que estão abandonadas nas nossas casas. Alguma coisa me diz que moedas adoram passear por aí.