Coluna da Maga
Magali Moraes e o Natal: diferentão ou não
Será que fica chato pedir fios de ovos pra quem me tirou no amigo-secreto? Tava aqui pensando em como inovar neste Natal. Um pote de fios de ovos no capricho e tá resolvido o assunto. Olha como é fácil me agradar. Com pouca calda, por favor. Pra comer de colher e revirar os olhos. Numa embalagem de presente, tá? Senão vai parecer que eu mesma comprei no súper. Fios de ovos é iguaria pra saborear em qualquer data, mas lá em casa é atração natalina. Combina com peru e lombo de porco. Uma das poucas misturas de doce e salgado que eu gosto.
O que mais dá pra inventar? Festejar o Natal num dia diferente, reunindo outros núcleos da família que nunca conseguem passar o 24 de dezembro juntos. Preparar uma ceia só pros amigos além da tradicional, celebrando em dobro. A mecânica de entrega dos presentes também pede novidade. Quem sabe adivinhar o amigo-secreto pelo nome da sua música preferida. Variar o cardápio da ceia. Levar a mesa pro quintal e mudar de ares.
Repeteco
Talvez você não queira mexer em absolutamente nada. Depois de um ano complicado, a alegria é curtir um Natal igualzinho aos outros. Sentar no mesmo lugar na mesa. Comer os mesmos pratos. Ouvir as mesmas piadas. Ganhar os mesmos abraços. O mais gostoso do Natal pode ser justamente o repeteco. E o bem-estar que ele traz. Colocar a mesma toalha vermelha na mesa, montar a árvore no mesmo canto da sala, pendurar os mesmos enfeites, ver a mesma disputa pelas coxas do peru.
Daqui a pouco é Natal. A gente sempre reclama do mês corrido e do cansaço. Só não dá pra atropelar a parte mais bacana de todas, que é o prazer de estar junto de quem se ama. Aquela sensação de pertencimento e continuidade. O ciclo que encerra. Com ou sem fios de ovos. Com os presentes que couberem no bolso. Sem mágoas passadas. Com um desejo sincero de demonstrar afeto. Tomara que sobre bastante peru pra gente se reunir no dia seguinte e continuar a festa.