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DO AMOR À GUERRA

"Deus Salve o Rei", nova novela das sete, recria universo medieval e fala sobre conflito entre reinos

Nova novela das sete estreia hoje na RBS TV

09/01/2018 - 08h17min

Atualizada em: 09/01/2018 - 08h32min


Cesar Alves / TV Globo/Divulgação
Deus Salve o Rei

Toda escolha traz consequências. Em Deus Salve o Rei, nova novela das sete que estreia hoje na RBS TV (19h25min), a decisão do príncipe Afonso (Romulo Estrela) de renunciar ao trono de Montemor em nome do amor pela plebeia Amália (Marina Ruy Barbosa) afetará todo o reino. O principal resultado será a dificuldade de manter o tratado da troca dos minérios de ferro do lugar pela água de Artena, reino comandado por Augusto (Marco Nanini).  E com o trono de Montemor indo parar nas mãos do despreparado Rodolfo (Johnny Massaro), irmão caçula do mocinho, o lugar terá sua paz abalada.

– A novela trata das escolhas que fazemos ao longo das nossas vidas. Se são elas que determinam ou não o nosso futuro – afirma o autor Daniel Adjafre.

Na trama, Afonso organiza uma expedição atrás de água, mas acaba ferido por uma flecha após o ataque de ladrões. Apesar de ser dado como morto, o príncipe será encontrado por Amália, que se apaixonará por ele, sem imaginar que o rapaz está prestes a se tornar rei. Ao descobrir o fato, a plebeia até tentará se encaixar no mundo dele, porém não conseguirá. Com a decisão de Amália em partir, Afonso abandonará a coroa para viver ao lado da mulher que ama.

– Os personagens do Daniel são muito bem construídos. Então, a Amália tem um lado romântico, mas também é forte e segura. Acredita que pode se casar com o cara que ama e ser feliz para sempre – revela Marina Ruy Barbosa.

O ato de amor de Afonso influenciará no futuro de Montemor. A partir daí, Catarina (Bruna Marquezine), sucessora do rei Augusto, planejará transformar Artena em um reino maior e mais forte. Afinal, a princesa sempre achou que o acordo dos antigos monarcas valorizava muito mais o outro reino. A intenção da futura rainha é destinar o minério para a construção de armas, a fim de atacar, mas também se defender de possíveis inimigos.

– O público pode esperar uma novela cheia de aventura, risos e, sobretudo, que fala muito de escolha, amor e renúncia. O Afonso vai passar por algumas provações quando fizer a sua escolha – adianta Romulo Estrela.

Já no caso de Catarina, antes de subir ao trono, ela terá de se livrar do casamento arranjado por seu pai com Istvan (Vinícius Calderoni). Além de desprezar seu pretendente, a vilã achará em Constantino (José Fidalgo), duque de Vicenza, um verdadeiro aliado. Logo, os dois se tornam amantes e ele a ajudará a armar contra Istvan.

– A Catarina não é só um pouquinho malvada; ela é má de verdade. Então, exige uma entrega muito grande. É tão desgastante quanto prazeroso. Nunca imaginei que fosse tão difícil e divertido fazer uma vilã. Com cada personagem ela tem uma postura diferente, até porque é uma mulher muito dissimulada, que sabe a hora de agir – ressalta Bruna Marquezine.

Efeitos especiais para garantir ar medieval

Para não cair na caricatura e nem ter um resultado tosco como o de outras produções nacionais que flertaram com universo medieval, a Globo fez um grande investimento em tecnologia para criar os cenários de Deus Salve o Rei. A tomar como base os vídeos promocionais já divulgados, tudo tem sido feito com muito esmero.

Como o território brasileiro é carente em ambientes que remetam ao período, o ideal seria que todo o elenco viajasse aos países em que produções internacionais deste tipo se desenvolvem – a exemplo de Game of Thrones, que costuma gravar em lugares como a Irlanda do Norte. Mas a Globo encontrou um caminho mais barato – e ousado – para sua novela: criou praticamente todos os cenários em computação gráfica.

– Teremos uma gama muito grande de diferentes técnicas em efeitos visuais. Poderia listar facilmente mais de 20, tais como a criação de ambientes virtuais, personagens virtuais, aplicação de multidões, complementação cenográfica, técnicas de simulação de partículas para destruição, entre outros. Os efeitos mais legais serão os imperceptíveis pelo público. Temos um combinado grande de lugares reais com lugares virtuais. Essa mescla faz a história ganhar uma ambiência única e um realismo fantástico – explica Paulo Rabello, diretor de Tecnologia do Entretenimento da Rede Globo.

A falta de cenários reais tem feito os atores criarem novas técnicas de atuação. 

– Temos que olhar para o azul e imaginar um monte de coisas.

O acabamento fica impressionante, é um jeito novo de atuar e a gente tem que se abrir para essas tecnologias porque cada vez mais isso vai fazer parte da nossa realidade – explica o ator Caio Blat.

A tecnologia não se aplica somente aos ambientes virtuais. Em alguns momentos, o público verá determinado ator em cena, mas não saberá se ele realmente estava em atuação ou se foi um momento criado por computação gráfica.

– Fizeram um scanner do meu rosto para criar o personagem em 3D porque tem algumas cenas de batalhas que são em 3D e a gente nem precisa ir até a locação. A cena inteira é construída por computação. É algo que eu nunca tinha visto e achei que fosse levar mais um tempo até essa tecnologia chegar aqui – diz Blat.



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