Coluna da Maga
Magali Moraes diz não pro BBB
Pensa numa frigideira T-Fal das boas. Nada gruda ali. Se fritar um ovo, ele descola do fundo e escorrega feito folha de papel. Agora imagina que eu sou a T-Fal e o Big Brother Brasil é o ovo. Esse programa não gruda de jeito nenhum em mim. Se você assiste e gosta, eu entendo. Provavelmente a errada sou eu, já que o BBB é um sucesso. Essa semana começou a nova temporada. É o BBB 18!! Ou seja, o Brasil ama pra continuar tanto tempo no ar. Mas ninguém me convence a perder horas preciosas da minha vida olhando a vida trancafiada dos outros.
Pra mim, essa sigla deveria significar apenas Bom, Bonito e Barato. Sabe quando a gente procura um tênis BBB? Um restaurante BBB? Mais produtivo do que ver os "brothers" escolhidos a dedo pra causar no confessionário, fazer intrigas e se pegar embaixo do edredom. Nem no tempo do Pedro Bial (ou Miau) eu acompanhava. De vez em quando, dava uma espiada pra não me sentir tão por fora das conversas. Vem cá, a fórmula não cansou? E mesmo desligando a TV, o BBB nos persegue na internet.
Ilha de Caras
O que me incomoda no BBB não é o reality. É o show. A sensação de ser tudo armado. O líder. O anjo. As provas. E agora com dilemas pra decidir. Seria engraçado acompanhar isso, mas cadê a paciência? Nem as novidades anunciadas despertam a minha curiosidade. Casa com decoração de resort cinco estrelas, bangalô e piscina que imita praia. Será o BBB a nova Ilha de Caras? Esse prêmio de um milhão e meio vai gerar um novo rico. Sem contar as novas subcelebridades pra gente aguentar.
Deixei pro final o pay-per-view. Qual é o sentido de pagar pra bisbilhotar 24 horas por dia o que acontece dentro daquela casa? Esquece. Como eu já disse, sou minoria. Adoro tudo sobre pessoas e relacionamentos (desde que sejam de verdade). Acho até que vou mudar a comparação com a T-Fal. Pro BBB 18, eu sou dessas frigideiras modernas com titânio, cerâmica e cobre. Antiaderente total.