Já reparou como a gente procura sempre se parecer com alguém? Ser tão engraçada quanto a amiga. Inteligente como o colega. Simpática como a irmã. Elegante como a prima. Fazer a viagem bacana que os amigos fizeram. Ter um carrão como o do vizinho. O problema não é se inspirar nas pessoas próximas, mas se comparar o tempo inteiro com elas. Assim todo mundo acaba ficando igual. As mesmas músicas e cores, os mesmos filmes e restaurantes, os mesmos desejos e gostos.
Antes que você se defenda dizendo "ah, eu não faço isso!", sinto informar que a gente faz até inconscientemente. Sem perceber, nos espelhamos no outro. E as diferenças, aquilo que nos torna únicos, acabam desaparecendo. Acontece bastante quando a gente convive sempre com o mesmo grupo de pessoas. Pouco a pouco, vamos internalizando. Copiando. Repetindo. E abrindo mão das nossas particularidades. Claro que tudo fica previsível. Mudar de turma e de assunto é saudável.
Brilhar
Os amigos amam comida japonesa e só você é do contra? Continue de boca fechada pro barco de sushi. Coma um xis-galinha e seja feliz! A mulherada geral alisa os cabelos? Que bela oportunidade de assumir seus cachos e brilhar. Cada vez que uma crespa abandona a chapinha, eu comemoro. É que nenhuma crespa é igual à outra! Tá todo mundo cantando o novo hit da Anitta? A Pablo Vittar é a queridinha da vez, mas você não curte? Tudo bem! Tem tanta novidade pra ouvir. Ou você prefere músicas antigas? Bora lá!
Experimente sair da bolha. Essa coisa invisível que nos envolve e nos molda. As mesmas opiniões, ideias e ideais de vida. Por que não valorizar justamente as nossas diferenças? Escolher o sorvete de abacaxi enquanto todos amam o de chocolate. Quem é você quando ninguém está olhando e julgando? Do que você já esqueceu que gosta? Tem certeza de que quer ter o corpo igual ao das modelos? Precisa ter personalidade pra fugir dos padrões. E quem disse que você não tem?