Afeto sem cura
Ator de "O Outro Lado do Paraíso" comemora beijo gay: "Viva o amor"
Rafael Zulu celebrou a cena ao lado de Eriberto Leão, com quem faz par romântico
Um beijo entre dois homens com direito a discurso contra a "cura gay". A troca de carinho entre os personagens Samuel (Eriberto Leão) e Cido (Rafael Zulu) em O Outro Lado do Paraíso, veiculada na noite de terça-feira (8), arrancou elogios e foi um dos assuntos mais comentados no Twitter.
Zulu, ator de 35 anos, comemorou a repercussão da cena. Em sua conta no Instagram, reproduziu o momento ao lado do colega Eriberto Leão. "Viva o amor, independente da forma", escreveu na legenda da imagem.
Na novela que chega ao fim na próxima sexta-feira (11), o beijo entre os personagens faz parte de uma reconciliação. Sentindo-se rejeitado pelo parceiro, Cido ameaça ir embora. Com medo de perder o amado, Samuel pede para que ele fique. Assim acontece o beijo.
O momento abriu espaço para um discurso que atende a uma demanda dos movimentos sociais pedindo que as novelas se posicionem contra pautas que restringem direitos das minorias. Quando a mãe do personagem interpretado por Eriberto Leão afirma que "definitivamente não existe a cura gay", Walcyr Carrasco, o autor da novela, está se referindo ao polêmico projeto liderado pelo deputado Marco Feliciano (PSC), que entende a homossexualidade como uma doença. É a primeira trama de Carrasco que traz a cena de um beijo gay.
– Definitivamente não existe a cura gay, não se pode haver cura se não há doença! Cido não é doente nem o meu Samuelzinho. Eles apenas se amam. Olha, eu gosto de você, Cido. Muito. Só não queria admitir que gostava. Faz meu filho feliz, por favor - pede a mãe, interpretada pela atriz Ana Lúcia Torre.