Estrelas da Periferia
GBL quer passar sua mensagem por meio da música
Ele começou no hip hop como dançarino, mas se encontrou entre letras de forte crítica social e de reflexão
O primeiro contato de Gabriel de Souza, 33 anos, com o hip hop foi pela dança. Aos 15 anos, descobriu o ritmo ao participar de oficinas na escola Alcebíades Azeredo dos Santos, em Viamão.
Na época, se juntou ao Conexão A e começou a se apresentar como BBoy — dançarino de hip hop —, fazendo shows com a galera do grupo. Foi aí que o caminho de Gabriel acabou mudando de rumo, com a saída de um dos integrantes.
De dançarino, ele passou a participar das apresentações como cantor. E descobriu uma nova paixão.
— Já tinha decorado praticamente todas as músicas. Um dia, me chamaram pra ver se eu sabia cantar. Eu cantei e comecei a tomar gosto. Deixei a dança de lado e comecei a me envolver mais com a música —conta ele.
Depois do Conexão A, Gabriel passou pelo grupo Tri-Afu. Em 2012, eles chegaram a lançar um CD e a fazer shows dentro e fora do Rio Grande do Sul. Nascido em Alvorada, ele, hoje, mora na Vila São José, na Zona Leste de Porto Alegre e atende pelo nome artístico de GBL.
Agora, investe na carreira solo, mas viver só de música não tem sido fácil. Para seguir em frente nos sonhos, se divide entre o hip hop e os trabalhos em serviços gerais.
— Quando eu integrava os grupos, fiz várias apresentações. Agora, estou tentando me engajar no cenário atual — avalia.
GBL se inspira nos grandes nomes do gênero.
— Eu sempre escutei Racionais, Da Guedes, MV Bill, esse pessoal que tem uma expressão boa na música — define.
Foco na mensagem
Trilhando os primeiros passos na carreira solo, GBL não tem pretensão de ser famoso nem milionário. Seu foco é mesmo o recado que pretende transmitir com as suas canções.
— O meu principal sonho é conseguir passar uma mensagem para as pessoas que escutarem a minha música, que elas possam absorver um pouco da ideia. Quero levar informação para o desinformado, conhecimento para quem não tem, porque o pessoal, hoje em dia, é muito fixado na internet e, às vezes, deixa de saber um pouco das coisas que acontecem ao redor. Quero que as pessoas consigam absorver o conteúdo da minha música e entendam a ideia que eu tô passando — explica, entusiasmado.
O recado é dado a partir de faixas inspiradoras e com uma profunda crítica social. Em Vida, parceria com Negro Moura, GBL reflete sobre a violência que assola a juventude brasileira: "Falar de manos que morreram é difícil pra mim / Fazer o que, nada é eterno, tudo tem fim".
Pitaco de Quem Entende
Rafa, do Rafuagi, virou fã do trabalho de GBL:
— Ele juntou as pessoas certas e fez a sua música chegar mais longe. Produção e finalização de primeira! Mensagem de reflexão e positiva, que, com toda certeza, virá a somar muito em cada fone que tocar. Parabéns pelo trabalho!
Participe!
— Se quiser participar, mande um histórico da sua banda, dupla ou do seu trabalho, músicas, vídeos e um telefone para o e-mail michele.pradella@diariogaucho.com.br.
— Para falar com GBL, ligue para (51) 99430-8371